Economia

Oferta do rotativo no cartão de crédito bate máxima histórica em novembro

Concessão de crédito pra pessoas físicas subiram 3,2%; alta, em 12 meses, é de 9,5%

Prédio do Banco Central em Brasília (Adriano Machado/Reuters)

Prédio do Banco Central em Brasília (Adriano Machado/Reuters)

Publicado em 4 de janeiro de 2024 às 09h18.

Última atualização em 4 de janeiro de 2024 às 09h29.

As concessões dos bancos no crédito livre subiram 4,4% em novembro ante outubro, para R$ 492,8 bilhões, informou nesta quinta-feira, 4, o Banco Central (BC). No acumulado dos últimos 12 meses até novembro, o aumento foi de 4,3%. Estes dados não levam em conta ajustes sazonais.

No crédito para pessoas físicas, as concessões subiram 3,2% em novembro, para R$ 275,4 bilhões. Em 12 meses, há alta de 9,5%. Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões aumentaram 5,9% em novembro ante outubro, para R$ 217,4 bilhões. Em 12 meses, porém, há um recuo de 1,5%.

O rotativo do cartão de crédito registrou no mês de novembro de 2023 a sua maior oferta desde 2011, início da séria histórica do Banco Central. A concessão, no mês, foi de R$ 32,9 bilhões.  Ainda sem considerar o teto no juro, a taxa média da modalidade atingiu o patamar de 434,41% ao ano, até novembro.

Estoque

O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,9% em novembro, para R$ 5,655 trilhões. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, o saldo aumentou 7,1% em 12 meses. Na comparação com outubro, houve alta de 0,7% no estoque para pessoas físicas e avanço de 1,0% no estoque para pessoas jurídicas.

De acordo com o BC, o estoque de crédito livre subiu 1,0% no penúltimo mês de 2023, enquanto o crédito direcionado apresentou alta de 0,7%.

No crédito livre, houve elevação de 1,1% no saldo para pessoas físicas em novembro. Para as empresas, o estoque aumentou 0,9% no período.

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 52,2% para 52 3% na passagem de outubro para novembro.

Habitação e veículos

O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 0,3% em novembro ante outubro, totalizando R$ 989,706 bilhões, informou nesta quinta o Banco Central. Em 12 meses até novembro, o crédito para habitação no segmento pessoa física subiu 7,6%.

Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física avançou 1,8% em novembro ante outubro para R$ 286,701 bilhões. Em 12 meses, a variação foi positiva em 11,8%.

BNDES

O saldo de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas teve redução de 0,6% em novembro ante outubro, somando R$ 399,512 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até novembro, a elevação acumulada é de 2,7%.

No penúltimo mês de 2023, houve alta de 0,8% nas linhas de financiamento agroindustrial do BNDES, queda de 0,7% no financiamento de investimentos e avanço de 5,5% no saldo de capital de giro.

Setor não financeiro

O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro subiu 1,4% em novembro ante outubro, para R$ 15,829 trilhões. O montante equivale a 146,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, conforme dados agora divulgados pelo Banco Central.

O crédito ampliado inclui, entre outras, as operações de empréstimos feitas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e as operações com títulos públicos e privados. A medida permite uma visão mais ampla sobre como empresas, famílias e o governo geral estão se financiando, ao abarcar não apenas os empréstimos bancários.

No caso específico de empresas, o saldo do crédito ampliado avançou 0,5% em novembro ante outubro, para R$ 5,490 trilhões. O montante equivale a 50,8% do PIB.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCrédito

Mais de Economia

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs

Haddad evita comentários sobre o Copom e diz que decisão “atrasada” do FED trará ventos favoráveis

Análise: Copom deixa a porta aberta para acelerar ritmo de alta da Selic para 0,5 ponto percentual