Economia

Concessões de crédito recuam e taxas sobem em janeiro

BRASÍLIA (Reuters) - As novas concessões de crédito no Brasil caíram 7,5 por cento em janeiro, considerando a média diária, enquanto a taxa média de juros subiu e a inadimplência recuou levemente, informou o Banco Central nesta quarta-feira.   O crédito total disponibilizado pelo sistema financeiro nacional, incluindo recursos livres e direcionados, aumentou 0,7 por […]

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2010 às 14h22.

BRASÍLIA (Reuters) - As novas concessões de crédito no Brasil caíram 7,5 por cento em janeiro, considerando a média diária, enquanto a taxa média de juros subiu e a inadimplência recuou levemente, informou o Banco Central nesta quarta-feira.

O crédito total disponibilizado pelo sistema financeiro nacional, incluindo recursos livres e direcionados, aumentou 0,7 por cento no mês, para 1,422 trilhão de reais.

Como resultado, os empréstimos totais passaram a representar 44,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

"As operações de crédito do sistema financeiro prosseguiram em trajetória de expansão gradual, apresentando evolução moderada em janeiro, condicionada pelos aspectos sazonais inerentes ao período", destacou o BC em relatório.

"Houve arrefecimento da demanda por recursos bancários por parte das empresas, em consonância com o menor dinamismo da atividade econômica. As operações com pessoas físicas, por sua vez, registraram expansão em modalidades tais como crédito pessoal e rotativo, associada à concentração de compromissos financeiros e tributários no início do ano."

Considerando as operações com recursos livres, a taxa média de juros aumentou 0,8 ponto percentual em relação ao final do ano passado, para 35,1 por cento ao ano.

No caso das empresas, o avanço foi mais significativo, com as taxas passando de 25,5 para 26,5 por cento. Para as pessoas físicas, o aumento foi de 42,7 para 43 por cento.

A inadimplência, referente aos saldos em atraso acima de 90 dias, passou de 5,6 por cento em dezembro para 5,5 por cento.

O BC informou ainda que o spread bancário --diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada dos clientes-- subiu para 25,1 pontos percentuais, ante 24,4 por cento no mês anterior.

(Reportagem de Ana Nicolaci da Costa; Texto de Daniela Machado; Edição de Alexandre Caverni)

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