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Como os conflitos na Ásia inflam preços de casas em Londres

Pesquisadores da Universidade de Oxford encontram relação entre instabilidade em países estrangeiros e aumento de preços imobiliários em bairros londrinos

EXAME.com (EXAME.com)

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João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 16h10.

São Paulo - Os preços residenciais em Londres subiram 11,6% só em 2013, mais que o dobro da média nacional.

O descolamento entre o mercado imobiliário da cidade e do país em geral intriga especialistas há anos.

Eles já haviam notado que cidadãos não-britânicos são parte importante do quebra-cabeças: afinal, foram eles que compraram 75% das novas casas construídas na Londres central em 2012.

Agora, os professores Tarun Ramadorai e Cristian Badarinza, da escola de negócios Saïd da Universidade de Oxford, criaram uma metodologia para entender o mecanismo de aumento.

Eles dividiram a cidade em pequenas áreas. Em seguida, identificaram qual país específico está ligado com cada área, usando o critério da proporção de pessoas com aquela origem que lá habitam.

A partir daí, analisaram a relação entre os aumentos de preços nos últimos 20 anos em cada bairro com a situação do país em questão.


A conclusão: o aumento da instabilidade política e econômica em um país específico leva ao aumento dos preços na região que tem mais habitantes com aquela determinada ascendência.

Áreas com maior renda média, por exemplo, tiveram uma inflação de imóveis incomum após o aumento da incerteza política na China, Oriente Médio, Ásia Oriental e Rússia.

Nesse caso, é mais provável que investidores tenham usado a compra de imóveis naqueles bairros londrinos como um porto seguro para seu dinheiro.

Já os locais com renda média mais baixa experimentaram altas nos preços após turbulências no sul da Europa e da Ásia.

Os pesquisadores indicam que nesses casos, a compra de imóveis provavelmente tem mais a ver com a perspectiva de efetivamente morar naquele bairro.

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