Economia

Comissário Europeu quer "virar a página" de austeridade na Grécia

Para Pierre Moscovici, o acordo alcançado na capital grega "é um desenvolvimento muito positivo após meses de complexas negociações"

Pierre Moscovici: o governo grego anunciou horas antes a conclusão de um acordo preliminar sobre novas reformas com seus credores (Thierry Monasse/AFP)

Pierre Moscovici: o governo grego anunciou horas antes a conclusão de um acordo preliminar sobre novas reformas com seus credores (Thierry Monasse/AFP)

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AFP

Publicado em 2 de maio de 2017 às 10h33.

O comissário europeu de Assuntos Financeiros, Pierre Moscovici, afirmou nesta terça-feira que chegou o momento de "virar a página" do "difícil capítulo de austeridade" na Grécia, depois que Atenas alcançou um acordo preliminar com seus credores sobre novas reformas.

"Chegou o momento de virar a página deste longo e difícil capítulo de austeridade para o povo grego", indicou em um comunicado Moscovici, para quem o acordo alcançado na capital grega "é um desenvolvimento muito positivo após meses de complexas negociações".

O governo grego anunciou horas antes a conclusão de um acordo preliminar sobre novas reformas com seus credores, representados por Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE), Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE) e Fundo Monetário Internacional (FMI).

A Grécia, pressionada por seus credores, que confirmaram o acordo, aceitou reduzir as aposentadorias em 2019 e diminuir as reduções de impostos em 2020.

Este acordo abre caminho para as negociações sobre a elevada dívida grega e para o desembolso de uma nova parcela dos 86 bilhões de euros do terceiro plano de ajuda ao país, que Atenas precisa para devolver 7 bilhões aos seus credores em julho.

Para Moscovici, "todos os sócios (da Grécia) têm que alcançar agora um acordo sobre a questão da dívida grega nas próximas semanas", uma questão que divide os credores europeus e o FMI.

A instituição monetária com sede em Washington condiciona sua participação econômica no terceiro programa a uma redução substancial da dívida grega, que em 2016 alcançou 179% de seu PIB.

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