Economia

Comissão da Câmara cancela sessão que votaria reforma dos militares

De acordo com técnicos da Casa, cancelamento se deu porque não houve duas sessões entre o pedido de vista e a votação, como determina o regimento interno

Bombeiros: categoria esteve na Câmara em março  (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Bombeiros: categoria esteve na Câmara em março (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de outubro de 2019 às 15h39.

Brasília — A Comissão Especial da Reforma da Previdência dos Militares cancelou a sessão que discutira e votaria o projeto nesta quarta-feira, 9. De acordo com os técnicos da mesa, o cancelamento se deu porque não houve duas sessões entre o pedido de vista e a votação, como determina o regimento. Ainda não há data para a votação.

Na semana passada, o relator Vinícius Carvalho (Republicanos-SP) apresentou relatório em que propôs que as novas regras se apliquem também a policiais militares e bombeiros.

Se isso for mantido, policiais e bombeiros militares terão a mesma regra para ter os direitos concedidos às Forças Armadas: paridade (ter os mesmos reajustes da ativa) e integralidade (se aposentar com o último salário).

A proposta dos militares foi enviada em março, um mês após o governo apresentar a reforma da Previdência que atinge INSS e servidores federais civis. A proposta desagradou ao Congresso por impor sacrifícios mais brandos, entre eles um pedágio menor - a exigência de tempo a mais de quem está na ativa é de 17% sobre o tempo que falta para a aposentadoria, contra adicionais de 50% a 100% no caso dos civis.

Com a inclusão, os PMs e bombeiros podem ter alívio na contribuição que pagam à Previdência. Em vez dos 11% a 14% que os Estados cobram, passariam a contribuir com 10,5%. Já o tempo de serviço necessário para se aposentar passará de 30 anos para 35 anos. Segundo o relator, nenhuma mudança feita no texto tem o potencial de reduzir a economia esperada com o projeto.

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