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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Rio de Janeiro - Um levantamento da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), divulgado hoje (11), registra o melhor resultado alcançado em um primeiro semestre pelo comércio varejista do estado fluminense desde 2002. O faturamento nos negócios de varejo cresceu 2,5% nos seis primeiros meses deste ano.
No mesmo período do ano passado, a alta foi de apenas 0,6%. Para o economista Christian Travassos, do Núcleo de Economia da Fecomércio, a diferença entre o índices tem dois motivos. "Uma das razões é que temos uma base mais fraca no primeiro semestre de 2009 [em função dos impactos da crise mundial], mas também, como pano de fundo, temos a expansão do emprego, da renda e do crédito, com uma massa de rendimentos mais forte circulando na economia", explicou.
A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) mostra que os cinco segmentos analisados apresentaram alta nas vendas em 2010. O grupo de bens duráveis - que de janeiro a junho do ano passado registrou queda de 1,6% nas vendas - teve um desempenho positivo no primeiro semestre de 2010, com alta de 1,3%. O destaque foi o subgrupo lojas de departamentos, com aumento de 3,6%.
Com a Copa do Mundo, que estimulou o aumento da venda de camisas e acessórios, o segmento de bens semiduráveis também fechou o primeiro semestre do ano com avanço de 1,8%. No mesmo período de 2009, o resultado foi negativo (-0,9%).
Segundo Travassos, um dos segmentos que têm se destacado, mesmo em momentos de crise, é o de bens não duráveis, que inclui produtos do dia a dia como itens de supermercados, farmácia e perfumaria. O economista destacou que no primeiro semestre deste ano o segmento registrou aumento de 4,4%.
O de combustíveis e lubrificantes cresceu 4,3% e o de comércio automotivo, 0,1%. "Dos cinco segmentos, o de comércio automotivo foi o que teve resultado menos significativo, porque no segundo trimestre tivemos a retirada do incentivo do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados]. Fica clara a carga tributária elevada a que os empresários e o consumidor estão sujeitos. Quando o consumidor tem uma redução, ela vai lá e adquire o produto", destacou Travassos.
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