Economia

Comércio varejista perdeu R$ 3,1 bi com greve de caminhoneiros, diz CNC

Por causa das paralisações, a entidade revisou sua projeção de crescimento nas vendas do varejo em 2018, de 5,4% para 4,7%

Varejo: dois segmentos são os mais relevantes do setor, o de combustíveis e de mercados, foram atingidos pela greve (Alexandre Battibugli/Exame)

Varejo: dois segmentos são os mais relevantes do setor, o de combustíveis e de mercados, foram atingidos pela greve (Alexandre Battibugli/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de maio de 2018 às 19h01.

Rio - Por causa das paralisações nas estradas promovidas por caminhoneiros em todo o País, o comércio varejista perdeu R$ 3,1 bilhões em apenas seis unidades da Federação, conforme cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Por causa das paralisações, a entidade revisou sua projeção de crescimento nas vendas do varejo em 2018, de 5,4% para 4,7%.

Em estudo divulgado nesta terça-feira, 29, a entidade calcula que, até a segunda-feira, dia 28, houve perda de R$ 1,42 bilhão nas vendas de combustíveis e lubrificantes.

Mais R$ 1,73 bilhão foi perdido por causa da escassez de combustíveis que restringiu a oferta de produtos hortifrutigranjeiros no ramo de hiper, supermercados e minimercados.

A CNC levantou dados em São Paulo, Minas Gerais, Rio, Paraná, Bahia e no Distrito Federal. Segundo a entidade, essas unidades da Federação respondem por 56% da receita dos segmentos de combustíveis e lubrificantes e de hiper e supermercados, em nível nacional.

Juntos, os ramos de combustíveis e lubrificantes e de hiper e supermercados respondem por 47% do volume anual de vendas do varejo brasileiro, informou a CNC.

A entidade lembrou, em nota, que os dois segmentos são os mais relevantes do varejo. "Diante de perdas intensas percebidas pelos dois mais relevantes ramos do varejo, a CNC revisou sua expectativa do volume de vendas do varejo em 2018 de +5,4% para +4,7%", diz a nota divulgada nesta terça-feira, 29.

O estudo da CNC desagregou as perdas calculadas em R$ 3,1 bilhões por Estado da seguinte forma: R$ 1,6 bilhão em São Paulo, R$ 418,4 milhões em Minas Gerais, R$ 374,1 milhões no Rio de Janeiro, R$ 328,3 milhões no Paraná, R$ 355,4 milhões na Bahia e R$ 92,5 milhões no Distrito Federal.

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