Economia

Comércio paulista cria 10,4 mil empregos em abril, diz FecomercioSP

Resultado de abril é o melhor desde novembro de 2021. Mas inflação e juros altos são risco para o futuro

Comércio: alta se deve em parte à base de comparação fraca em 2021 no auge da pandemia, segundo a Fecomercio (Jorge Araujo/Fotos Públicas)

Comércio: alta se deve em parte à base de comparação fraca em 2021 no auge da pandemia, segundo a Fecomercio (Jorge Araujo/Fotos Públicas)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de junho de 2022 às 14h27.

O comércio paulista registrou criação de 10.371 vagas formais de trabalho em abril, após saldo negativo de 5.180 postos no mesmo mês do ano passado.

O resultado se deu a partir de 119.122 admissões e 108.751 desligamentos, e é o melhor desde novembro de 2021. O número também reverte uma perda de 2.600 vagas observada em março. Apesar do resultado, o balanço do setor no quadrimestre é negativo, com perda de 11.337 postos.

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Os dados são da Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (Pesp), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a partir de informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

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Líder na geração de postos de trabalho formais, o setor de serviços paulista criou 27.938 vagas em abril, um crescimento interanual de 187% em relação a igual período do ano anterior (9.725).

Em nota, a FecomercioSP ressalta que a magnitude do avanço se deve à base de comparação, já que o Estado de São Paulo enfrentava a fase mais restritiva ao funcionamento e à ocupação de estabelecimentos não essenciais em abril de 2021.

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Entre as atividades do comércio, a criação de vagas foi puxada pelo varejo, com saldo positivo de 6.345 postos de trabalho formais.

Os segmentos de comércio por atacado e de comércio e reparação de veículos, por sua vez, criaram 2.647 e 1.379 vagas, respectivamente.

"A recuperação do setor de serviços e o retorno à normalidade no comércio devem dar continuidade nos próximos meses. Entretanto, o cenário exige cautela quanto ao desempenho da geração de receitas desses setores", pondera a FecomercioSP.

"Isso porque a inflação persistente e os reflexos da alta dos juros e dos índices de comprometimento de renda com dívidas anteriores tendem a frear consumo, o desempenho das vendas e, consequentemente, o mercado de trabalho formal."

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