Economia

Comércio ganha espaço na ocupação de mulheres no NE

São Paulo - Enquanto na Região Metropolitana de São Paulo os serviços domésticos representam o segundo maior mercado de trabalho para as mulheres, ocupando 17,1% da mão de obra feminina no ano passado, em outras regiões do País, especialmente no Nordeste, o comércio está tomando seu espaço. O comércio já é o segundo maior empregador […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - Enquanto na Região Metropolitana de São Paulo os serviços domésticos representam o segundo maior mercado de trabalho para as mulheres, ocupando 17,1% da mão de obra feminina no ano passado, em outras regiões do País, especialmente no Nordeste, o comércio está tomando seu espaço. O comércio já é o segundo maior empregador em Porto Alegre (17% das trabalhadoras), Salvador (17,1%), Fortaleza (19,7%) e Recife (19,8%). Até o ano 2000, os serviços domésticos ocupavam essa posição. Em São Paulo, o comércio tem 15% da força de trabalho das mulheres. No ano passado, Fortaleza e Recife tinham 18,3% das mulheres em serviços domésticos; Salvador, 15,8%, e Porto Alegre, 13%.

O setor de serviços em geral é o maior empregador do País. Nas principais regiões metropolitanas, ele responde por 55% a 61% da oferta do emprego tanto para homens como para mulheres. Os dados constam da pesquisa "A Mulher nos Mercados de Trabalho Metropolitanos", da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O aumento da escolaridade, em especial das jovens, e as precárias condições de trabalho - como os baixos salários e as jornadas extensas - são motivos que podem explicar a migração de parte das trabalhadoras domésticas para outros setores. Em Recife, por exemplo, a jornada média é de 54 horas semanais, número que sobe para 58 horas entre aquelas com carteira assinada. Em Fortaleza, a média chega a 50 horas (53 horas, com carteira). A legislação nacional prevê 44 horas semanais.

"É difícil para a trabalhadora colocar um limite na jornada de trabalho e não há legislação específica para essa classe. É preciso fazer uma equiparação de direitos", afirmou Patrícia Lino Costa, economista do Dieese.

Quanto à renda, as trabalhadoras domésticas ganham apenas 37,7% da média dos trabalhadores ocupados em Salvador, 40,7% em Fortaleza, 46,3% em Recife e 52,1% em Porto Alegre. A região com a menor proporção é o Distrito Federal, onde as domésticas ganham apenas 29% da renda média dos ocupados. Na Região Metropolitana de São Paulo, o porcentual é de 49,7%.

Por essas características, em algumas regiões o trabalho doméstico deixou de ser uma opção relevante de inserção no mercado para as jovens. Em 2009, 77% das mulheres ocupadas no serviço doméstico tinham entre 25 e 49 anos.

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