Economia

Comércio eletrônico no País fatura R$ 28,8 bi em 2013

Segundo E-Bit, 9,1 milhões de pessoas fizeram compras online pela primeira vez no ano passado


	Comércio eletrônico: segundo pesquisa, 51,3 milhões de consumidores já utilizaram a internet para adquirir algum produto
 (Getty Images)

Comércio eletrônico: segundo pesquisa, 51,3 milhões de consumidores já utilizaram a internet para adquirir algum produto (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 16h16.

São Paulo - O comércio eletrônico no País cresceu nominalmente 28% em 2013 ante 2012, faturando R$ 28,8 bilhões. Além disso, 9,1 milhões de pessoas fizeram compras online pela primeira vez no ano passado, o que eleva para 51,3 milhões o número de consumidores que, ao menos uma vez, já utilizaram a internet para adquirir algum produto. Os números, levantados pela E-bit, empresa especializada em informações do comércio eletrônico, fazem parte da 29ª edição do Webshoppers, lançado na manhã desta quarta-feira, 12, em São Paulo.

Ainda conforme o relatório, apesar da inflação, acima do centro da meta, e do baixo crescimento econômico, o número de pedidos aumentou 32% no ano passado, chegando a 88,3 milhões. Segundo a empresa, a Black Friday, que movimentou R$ 770 milhões em um único dia, é uma das explicações para os resultados positivos, assim como a popularização da banda larga móvel. Isso porque, segundo o estudo, os modelos mais simples de smartphones conectaram pessoas das classes C e D, que, antes, não tinham acesso à internet.

Entretanto, o tíquete médio teve recuo de 4,4% e ficou em R$ 327, refletindo o crescimento da participação de categorias com tíquete médio menor. "Teve queda também a oferta de frete grátis, um dos principais motivadores das compras online", diz a nota da E-bit. Em dezembro de 2012, as entregas gratuitas correspondiam a 58%. Em dezembro de 2013, essa taxa caiu para 50%.

O diretor executivo da E-bit, Pedro Guasti, diz, no comunicado, que essa redução deve continuar. "As empresas estão buscando rentabilidade e entrega rápida tem custos. A conveniência tem o seu preço. Mas, em compensação, o consumidor passará a ter mais opções de frete", explica.

A categoria "Moda & Acessórios" foi a mais vendida durante o ano passado, seguida por "Cosméticos e Perfumaria/Cuidados Pessoais/Saúde", "Eletrodomésticos", "Livros/ Assinaturas e Revistas", "Informática", "Telefonia/ Celulares", "Casa e Decoração", "Eletrônicos", "Esporte e Lazer" e "Brinquedos e Games", respectivamente.

O relatório aponta para a influência de fatores como carnaval tardio, maior quantidade de feriados prolongados, Copa do Mundo e eleições no segundo semestre, no resultado do e-commerce brasileiro em 2014. A E-bit estima que, até o final do ano, o setor deve apresentar um crescimento nominal de 20%, faturando R$ 34,6 bilhões.

Mobile commerce

A E-bit destaca que o mobile commerce começou a ganhar força no ano passado. Em janeiro de 2013, a modalidade correspondia a 2,5% de todas as vendas online. Em dezembro, já representava praticamente o dobro, 4,8%.

A tendência é que as vendas através de dispositivos móveis cresçam ainda mais. "Atualmente, são poucas as lojas preparadas para as peculiaridades da navegação em telas de tablets e smartphones, mas, no decorrer de 2014, mais empresas devem começar a direcionar esforços para esse canal", ressalta Guasti, na nota.

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