Economia

Comércio demite 1,2 milhão de trabalhadores em um trimestre, diz IBGE

Com a crise do coronavírus, o comércio foi o setor que puxou a extinção de vagas no trimestre encerrado em abril

Comércio: apenas seis setores terminaram o trimestre com saldo positivo de contratações (Cris Faga/Getty Images)

Comércio: apenas seis setores terminaram o trimestre com saldo positivo de contratações (Cris Faga/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de maio de 2020 às 12h52.

Última atualização em 28 de maio de 2020 às 12h53.

O comércio foi o setor que puxou a extinção de vagas no trimestre encerrado em abril, com 1,218 milhão de demissões em relação ao trimestre terminado em janeiro. Houve dispensas recordes de trabalhadores de forma disseminada, alcançando sete entre as dez atividades pesquisadas, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quinta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na passagem do trimestre terminado em janeiro para o trimestre encerrado em abril, houve demissões também nas atividades de outros serviços (-366 mil ocupados), indústria (-685 mil), alojamento e alimentação (-699 mil), transporte (-242 mil), agricultura, pecuária, produção florestal pesca e aquicultura (-157 mil), construção (-885 mil), serviços domésticos (-727 mil) e informação, comunicação e atividades financeiras (-218 mil).

A única exceção foi o setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com 287 mil contratações no período.

Em relação ao patamar de um ano antes, a agricultura perdeu 233 mil trabalhadores. A construção demitiu 671 mil, o comércio dispensou 789 mil. Alojamento e alimentação fechou 507 mil vagas e serviços domésticos perderam 628 mil trabalhadores.

A indústria dispensou 343 mil funcionários, enquanto o setor de informação, comunicação e atividades financeiras demitiu 129 mil. Transporte perdeu 122 mil vagas, e outros serviços demitiram 127 mil pessoas.

Por outro lado, a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais contratou 464 mil trabalhadores a mais.

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