Planta de café, com algumas folhas marrons por conta da seca, na fazenda Tijuco Preto, em Minas Gerais (Paulo Fridman/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 13 de março de 2014 às 17h31.
São Paulo - A comercialização de café do Brasil da safra 2013/14 (julho/junho) havia avançado até o final de fevereiro para 77 por cento da produção estimada, alta de sete pontos percentuais ante o número de janeiro, com cafeicultores aproveitando uma melhora nos preços para negociar o produto.
Segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira pela Safras & Mercado, as vendas estão avançadas em relação ao mesmo período do ano passado, em seis pontos percentuais, após uma disparada de preços por conta de preocupações sobre uma redução na próxima safra brasileira (2014/15).
O preço do café arábica negociado na bolsa de Nova York subiu mais de 80 por cento desde o início do ano, com temores também sobre a colheita 2015/16.
A "guinada" altista continua favorecendo as negociações, e o produtor vem aproveitando a oportunidade e fechando negócios, tanto no disponível como com café da safra nova (2014/15), disse o analista da Safras, Gil Barabach.
"O destaque continua sendo as cooperativas do Sul de Minas, que seguem bem ativas no mercado. E o interesse do produtor não foi suficiente para sobrepor a agressividade dos compradores e, por isso, o mercado interno segue valorizado", indicou o analista.
Apesar do avanço, a comercialização segue atrasada em relação à média dos últimos cinco anos, que aponta que 80 por cento da produção normalmente já está negociada no período.
Já foram comercializadas 40,98 milhões de sacas de 60 quilos, tomando-se por base a estimativa de Safras de uma produção de 52,9 milhões de sacas para 13/14.