Economia

Começa greve geral na Bolívia

La Paz - Começou nesta segunda-feira, na Bolívia, uma greve por tempo indeterminado, convocada pela Central Operária Boliviana (COB), principal força sindical do país, para exigir melhores salários. Trata-se do primeiro distanciamento sério entre o presidente Evo Morales e parte de sua base de apoio - as centrais sindicais. Umas 300 pessoas participam da caminhada […]

É a primeira vez que há uma distância maior entre Morales e sua base de apoio (.)

É a primeira vez que há uma distância maior entre Morales e sua base de apoio (.)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2010 às 18h09.

La Paz - Começou nesta segunda-feira, na Bolívia, uma greve por tempo indeterminado, convocada pela Central Operária Boliviana (COB), principal força sindical do país, para exigir melhores salários. Trata-se do primeiro distanciamento sério entre o presidente Evo Morales e parte de sua base de apoio - as centrais sindicais.

Umas 300 pessoas participam da caminhada de 200 km de lançamento da paralisação, segundo estimativas oficiais.

A greve, convocada pela COB na quinta-feira à noite, foi condenada pelo vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, que sugeriu que por trás da iniciativa está a embaixada dos Estados Unidos.

"Nós que viemos da luta sindical sabemos que uma greve geral por tempo indefinido tem conteúdo político. Declara-se greve indefinida para derrubar governos", disse García Linera.

Segundo o vice-presidente, desde que Morales assumiu o governo, em 2006, os grupos de direita "tentaram dar um golpe de Estado, assassiná-lo (...) não duvidaria que por trás disso também possam estar alguns funcionários da embaixada americana".

A COB, que reúne a totalidade dos sindicatos bolivianos, também considerou insuficiente o aumento de 5% nos salários dos funcionários públicos proposto pelo governo.

Segundo os veículos da imprensa local, 39 dos 50 setores afiliados à COB acatarão à greve. Já entre os camponeses, os cocaleiros e a Federação das Mulheres Camponeses afirmaram que não vão aderir ao protesto. A paralisação é também apoiada pelos mineiros.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBolíviaEstados Unidos (EUA)GrevesPaíses ricos

Mais de Economia

“Qualquer coisa acima de R$ 5,70 é caro e eu não compraria”, diz Haddad sobre o preço do dólar

“Não acredito em dominância fiscal e política monetária fará efeito sobre a inflação”, diz Haddad

China alcança meta de crescimento econômico com PIB de 5% em 2024

China anuncia crescimento de 5% do PIB em 2024 e autoridades veem 'dificuldades e desafios'