Economia

Com restições e greve, exportação de frango do Brasil cai 5,1% em 2018

O volume confirma previsão feita em dezembro pela Associação Brasileira de Proteína Animal

Exportações: as exportações totais de 2018 geraram receita de 6,571 bilhões de dólares (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Exportações: as exportações totais de 2018 geraram receita de 6,571 bilhões de dólares (Rodolfo Buhrer/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de janeiro de 2019 às 13h37.

São Paulo - As exportações brasileiras de carne de frango alcançaram 4,1 milhões de toneladas em 2018, queda de 5,1 por cento na comparação com 2017, informou nesta quinta-feira (3) a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

O volume confirma previsão feita pela própria entidade ainda em dezembro, quando citou restrições em importadores e a greve dos caminhoneiros como razões para tal estimativa.

Conforme a associação, uma média mensal de embarques de 377,3 mil toneladas no segundo semestre --o melhor desempenho dos últimos três anos-- atenuou as perdas acumuladas na primeira metade do ano passado, período marcado pela greve dos caminhoneiros.

Só em dezembro, os embarques pelo maior exportador global da proteína somaram 352,8 mil toneladas, avanço de quase 10 por cento na comparação anual.

"Há expectativa de que o bom fluxo obtido no segundo semestre do ano passado se mantenha em 2019. Isso devido, entre outros motivos, pelas ações que o setor produtivo, liderado pela ABPA, adotará por meio do Projeto 500K, que tem como meta alcançar a média mensal de 500 mil toneladas nas exportações somadas de carne de frango e de carne suína até o final de 2020", afirmou em nota o presidente da ABPA, Francisco Turra.

De acordo com os dados divulgados pela associação, as exportações totais de 2018 geraram receita de 6,571 bilhões de dólares, número 9,2 por cento menor em relação aos 7,235 bilhões de 2017.

Carne suína

As exportações de carne suína in natura do Brasil fecharam 2018 com baixa de 7,4 por cento, em 549 mil toneladas, disse a entidade, frisando que as perdas de 19,5 por cento acumuladas no primeiro semestre foram atenuadas pela elevação de 4,5 por cento nos últimos seis meses do ano passado.

Em dezembro, houve elevação de 8,8 por cento nos embarques de carne suína in natura, com total de 47,7 mil toneladas.

"O ritmo das vendas para a China foi determinantes para o desempenho das exportações do setor em 2018. A expectativa é que o fluxo para o mercado asiático se mantenha, impulsionando as vendas do setor no momento em que a Rússia retoma gradativamente as importações do produto brasileiro", disse o diretor-executivo da ABPA, Ricardo Santin, também em comunicado.

Em receita, as vendas de carne suína in natura chegaram a 1,115 bilhão de dólares em 2018, montante 23,9 por cento inferior em relação ao saldo de 2017.

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