Economia

Com Neymar mais visado, Felipão busca soluções

O atacante sofreu uma pancada na coxa esquerda, no começo do jogo contra o Chile, e deve passar por tratamento intensivo de recuperação

Neymar e Felipão se emocionam após vitória da seleção brasileira contra o Chile (REUTERS/Toru Hanai)

Neymar e Felipão se emocionam após vitória da seleção brasileira contra o Chile (REUTERS/Toru Hanai)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 08h13.

Teresópolis - Neymar vai ser avaliado nesta segunda-feira pelo comando da seleção brasileira. O atacante sofreu uma pancada na coxa esquerda, no começo do jogo contra o Chile, e deve passar por tratamento intensivo de recuperação para poder enfrentar a Colômbia.

Segundo o médico José Luiz Runco, Neymar vai jogar. Felipão conta com o craque e deve preparar uma fórmula para "desencaixotar" seu principal jogador da marcação adversária.

Runco disse que o problema de Neymar não é sério. "Ele recebeu um tostão, uma paulistinha na coxa. É claro que está com dores, mas acredito que vai estar melhor já na apresentação (dos jogadores, segunda-feira, na Granja Comary). Nenhum atleta preocupa para o jogo de sexta-feira em Fortaleza."

De acordo com o médico da seleção, os atletas deveriam relaxar, refrescar a cabeça para voltarem zerados depois da folga (nesta segunda-feira pela manhã). Um dos que mais deveriam aproveitar o domingo, segundo Runco, era Neymar.

O atacante tem sofrido uma marcação implacável. Nos três primeiros jogos da Copa, recebeu nove faltas. Contra o Chile, foram cinco faltas. O desgaste físico e mental é inevitável. E a pressão, maior ainda. Neymar acusou o golpe após a partida contra o Chile.

"Não poderíamos ser eliminados nas oitavas. Estamos no meio do caminho. Percebi o peso que tem uma Copa do Mundo", disse Neymar ao comentar os motivos que o levaram a desabar, chorando, no gramado quando acabou a decisão por pênaltis contra o Chile.

No sábado à noite, já em plena folga, o craque postou na rede social Instagram uma foto da seleção momentos antes da cobrança dos pênaltis no Mineirão.

E sentenciou: "Guerreiros não fogem da luta e não podem correr... ninguém vai poder atrasar quem nasceu para vencer. E a caminhada continua...".

Felipão, mesmo com toda a pressão em cima de Neymar, garante que o jogador não vai se intimidar. "Ele está pronto desde os 16, 17 anos", disse.

No jogo contra o Chile, além de sofrer muitas faltas, Neymar recebeu forte marcação, sempre com três a quatro adversários no seu encalço. Não teve a menor liberdade nos 120 minutos (tempo normal e prorrogação).

De acordo com o "mapa de calor" (medição do espaço que o jogador mais ocupou na partida), Neymar passou a maior parte do tempo no setor esquerdo. Quase não conseguiu escapar da marcação e foi vítima fácil das faltas chilenas.

SEM ESPAÇO - Mesmo diante dos problemas que Neymar enfrentou para se livrar dos marcadores, Felipão não dá pistas de que vai mexer na estrutura do meio de campo para facilitar a vida do craque, sexta-feira, contra a Colômbia.

Analistas insistem com a possibilidade de Oscar trabalhar mais pelo meio - ele tem jogado aberto pelas pontas - para aumentar o diálogo com Neymar no setor.

Outra hipótese seria a entrada do meia William, na vaga de Hulk, também para trocar passes com Oscar e Neymar, transformando, assim, a configuração da seleção de Felipão.

Mudando ou não a formação do meio de campo, o treinador tem consciência de que Neymar está sobrecarregado. Até o terceiro jogo da primeira fase, o craque era o faz-tudo da seleção. Batia todos os escanteios, faltas próximas da área ou nas laterais, além de pênaltis.

Percebendo que poderia aumentar ainda mais o desgaste do craque, Felipão passou a fazer um revezamento nas cobranças de escanteios e faltas nas laterais com Hulk e Marcelo. Deve repetir essa nova ordem contra a Colômbia.

Acompanhe tudo sobre:AtletasCelebridadesCopa do MundoEsportesFelipãoFutebolJogadores de futebolLuiz Felipe ScolariNeymar

Mais de Economia

ONS recomenda adoção do horário de verão para 'desestressar' sistema

Yellen considera decisão do Fed de reduzir juros 'sinal muito positivo'

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs