Economia

Com incertezas, desaceleração na zona do euro pode demorar, diz BCE

Por outro lado, a instituição considera que "a possibilidade de uma recessão na região" seja "muito baixa"

Presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi (Ralph Orlowski/Reuters)

Presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi (Ralph Orlowski/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de janeiro de 2019 às 14h26.

São Paulo - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, afirmou que se permanecerem as incertezas vistas pelos membros da instituição, como questões geopolíticas, protecionismo, dúvidas em relação a emergentes e até um Brexit turbulento, "a desaceleração na zona do euro será mais longa".

Ainda assim, o dirigente afirmou que a possibilidade de uma recessão na região é avaliada pelos membros do BCE como "muito baixa" e fatores como a desaceleração na China, por exemplo, estão sendo endereçados por formuladores de política.

Questionado sobre a possibilidade de uma recessão técnica na Alemanha e na Itália, apontada por analistas após indicadores de produção industrial dos países mostrarem desempenho mais fraco do que o esperado, Draghi defendeu que "agora, não vemos como provável".

Segundo o dirigente, o setor bancário na zona do euro está "muito mais forte" do que no início da última crise.

Durante uma coletiva de imprensa após o BCE anunciar a manutenção da taxa de juros, Draghi afirmou ainda que a liquidez permanecerá "muito abundante ao longo da próxima década".

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