Economia

Com coronavírus, Opep deve fazer corte expressivo na produção de petróleo

Queda na demanda chinesa, devido ao coronavírus, tem levado preços do petróleo para baixo dia após dia

Petróleo: previsões da pesquisa para o corte da oferta variaram entre 300 mil barris/dia e 1,5 milhão de barris/dia (Benjamin Lowy/Getty Images)

Petróleo: previsões da pesquisa para o corte da oferta variaram entre 300 mil barris/dia e 1,5 milhão de barris/dia (Benjamin Lowy/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 2 de março de 2020 às 11h35.

Última atualização em 2 de março de 2020 às 12h54.

São Paulo — Com o impacto do coronavírus sobre a demanda por petróleo, a Opep e aliados devem fechar um acordo para um corte mais profundo da produção esta semana, segundo pesquisa da Bloomberg.

Em pesquisa global com 29 analistas, operadores e corretores, 27 esperam que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados anunciem novos cortes, com expectativa média de 750 mil barris por dia. O volume está um pouco acima do corte de 600 mil barris por dia recomendado pelo comitê técnico da organização em fevereiro.

A aliança de 23 países liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia se reunirá em Viena na quinta e na sexta-feira com os preços do petróleo perto do nível mais baixo em mais de dois anos, já que o vírus paralisa as fábricas chinesas e ameaça uma recessão global.

Há várias semanas, sauditas têm pressionado a Opep+ a agir, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem sinalizado disposição em apoiá-los.

As previsões da pesquisa para o corte da oferta variaram entre 300 mil barris/dia e 1,5 milhão de barris/dia. Seria uma redução adicional em relação ao corte de 2,1 milhões de barris/dia que a organização concordou em dezembro.

A Opep+ costuma surpreender o mercado. Quando o grupo se reuniu pela última vez em dezembro, todos, exceto um dos 35 analistas, previam manutenção dos níveis de produção. Em vez disso, a organização anunciou um novo corte da oferta.

Acompanhe tudo sobre:Indústria do petróleoOpepPetróleo

Mais de Economia

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições

Ministros apresentam a Lula relação de projetos para receber investimentos da China