Economia

Com captação recorde, dívida federal interna sobe 0,77%

A dívida pública mobiliária atingiu 1,990 trilhão de reais


	Arno Augustin: o governo realizou no fim de março a primeira emissão soberana de 2014, de 1 bilhão de euros em novo bônus 
 (José Cruz/ABr)

Arno Augustin: o governo realizou no fim de março a primeira emissão soberana de 2014, de 1 bilhão de euros em novo bônus  (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 16h19.

Brasília - A dívida pública mobiliária federal interna aumentou 0,77 por cento em março frente a fevereiro, atingindo 1,990 trilhão de reais, devido à emissão líquida de títulos federais no montante de 3,21 bilhões de reais e pela apropriação de juros de 18,5 bilhões de reais.

Com isso, o estoque da dívida pública federal, incluindo também a dívida externa, subiu 0,64 por cento em abril no período, para 2,081 trilhões de reais, segundo informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira.

O governo realizou no fim de março a primeira emissão soberana de 2014, de 1 bilhão de euros em novo bônus com vencimento em abril de 2021.

A emissão foi feita dias após o rebaixamento de rating brasileiro feita pela agência de risco Standard & Poor's, por piora nas contas fiscais e nos fundamentos da economia brasileira.

No mercado interno, segundo o Tesouro, as captações de títulos federais somaram 57,9 bilhões de reais em março, recorde mensal. "Houve maior interesse no momento em que os investidores entenderam ser atraente comprar títulos públicos diante das taxas elevadas", afirmou o coordenador-geral de Operações da Dívida do Tesouro, Fernando Garrido.

Ele adiantou que, em abril, deve haver menor volume de emissões, com redução de ofertas pelo Tesouro e de taxas. "Os investores acreditam que o ciclo de alta dos juros está próximo do fim e entendem que as taxas estão próximas do pico", afirmou ele, referindo-se à Selic, hoje no patamar de 11 por cento.

Em março, informou ainda o Tesouro, os títulos prefixados representaram 40,85 por cento do total da dívida mobiliária, frente aos 39,07 por cento em fevereiro. Essa parcela passou a ficar dentro da meta definida pelo Tesouro neste ano, entre 44 e 40 por cento.

Já os papéis corrigidos por indicadores de inflação e corrigidos pela Selic representaram em março 36,32 por cento da dívida (sobre 35,91 por cento em fevereiro) e 18,59 por cento (20,64 por cento no mês passado), respectivamente.

Em março, a dívida mobiliária federal externa teve queda de 2,11 por centro sobre fevereiro, com o estoque baixando a 90,51 bilhões de reais (39,99 bilhões de dólares).

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