Economia

Cocatrel vê queda de 40% na safra de café em 2014

Cooperativa de cafeicultores espera colheita de 900 mil sacas de café em 2014, uma queda de 40%


	Grãos de café são selecionados perto de Varginha, Minas Gerais
 (Mauricio Lima/AFP)

Grãos de café são selecionados perto de Varginha, Minas Gerais (Mauricio Lima/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2014 às 17h32.

Três Pontas - A cooperativa de cafeicultores Cocatrel, em Minas Gerais, espera que seus cooperados colham 900 mil sacas de café em 2014, uma queda de 40 por cento ante o volume de 1,5 milhão de sacas de 2013, devido à seca, disseram representantes da instituição.

A pior seca já registrada no Sul de Minas também reduziu o potencial produtivo da safra 2015 entre 15 e 20 por cento, na comparação com 2013.

E a safra poderia ter queda semelhante à deste ano, de 40 por cento, se as condições climáticas não forem ideais, disse o gerente da Cocatrel Roberto Felicori, na sede da cooperativa, à Reuters.

A cooperativa, que recebe o café de cerca de 5 mil produtores do Estado, o maior produtor brasileiro de café, avalia que 90 por cento da colheita da safra de 2014 já foi realizada.

Cerca de 40 por cento dos cafezais dos cooperados da Cocatrel estão condições "ruins" e poderiam ser podados, disse Felicori, adiando a produção do próximo ano.

Algumas regiões produtoras de café no Brasil sofreram menos com a seca, mas o Conselho Nacional do Café (CNC) do Brasil já tem alertou que a safra 2015 poderá não ultrapassar 40 milhões de sacas, que é menor do que a maioria das estimativas para a safra de 2014.

A estimativa da Cocatrel para uma redução de 40 por cento na safra 2014 está em linha com a previsão desta semana de outra grande cooperativa do Estado, a Minasul.

A Cocatrel não viu florada precoce relatada em algumas regiões de Minas Gerais este mês, mas está vendo uma ocorrência "generalizada" de ferrugem tardia, acrescentou.

Além da seca, os cafezais sofrem porque produtores que enfrentaram preços baixos no ano passado não aplicaram fertilizantes ou inseticidas devidamente.

"As defesas das plantas estão muito mais baixas e a absorção de fungicida cai sem chuva", disse o diretor técnico Jorge Luis Piedade Nogueira.

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