Economia

Coamo deve repetir em 2017 desempenho de 2016, diz presidente

No ano passado, a receita da Coamo atingiu 11,45 bilhões de reais, alta de 7,3% ante 2015, com preços altos em meio a uma quebra de safra

Agricultura: "O ano de 2016 foi muito bom, tanto em crescimento quanto em resultados" (Adalberto Roque/AFP)

Agricultura: "O ano de 2016 foi muito bom, tanto em crescimento quanto em resultados" (Adalberto Roque/AFP)

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Reuters

Publicado em 17 de novembro de 2017 às 17h30.

São Paulo - A Coamo, maior cooperativa agrícola do Brasil, com sede no Paraná, deverá atingir neste ano um resultado semelhante ao de 2016, apesar de preços mais fracos de 2017, em meio a uma produção recorde de grãos.

"O ano de 2016 foi muito bom, tanto em crescimento quanto em resultados. Neste ano, temos motivos para chegarmos no dia 31 de dezembro com o mesmo faturamento do ano passado. É capaz que tenha uma pequena diferença. Mas o resultado é bom", disse o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, em entrevista ao Informe Paraná Cooperativo, publicação do setor cooperativista.

No ano passado, a receita da Coamo atingiu 11,45 bilhões de reais, alta de 7,3 por cento ante 2015, com preços altos em meio a uma quebra de safra.

Em 2017, a situação é diferente-- os preços caíram, mas houve mais produtos para serem comercializados.

Segundo Galassini, os preços dos grãos sofreram uma grande queda em relação ao ciclo anterior, com a saca de soja caindo de 85 reais para 56,5 reais.

"A diferença nos preços é muito grande, como os volumes também são muito grandes...", disse o presidente da cooperativa.

Segundo ele, a Coamo está preparando os balancetes e vai antecipar pagamento de sobras em dezembro. "Depois faremos o complemento das sobras, na Assembleia Geral Ordinária, no início do ano que vem", afirmou.

Ele disse ainda que os produtores estão segurando vendas, em momento de preços mais baixos.

"O cooperado não está vendendo por dois motivos principais: primeiro, o preço caiu muito e, segundo, o cooperado está bem capitalizado. Se mede que ele está bem capitalizado porque o agricultor não está vendendo, mas está pagando as contas em dia. Pelo menos a maioria."

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