Economia

Co-presidente americano da Alca defende acordo multilateral

O embaixador Peter Allgeier, co-presidente americano da Área Livre de Comércio (Alca), defendeu que o acordo no hemisfério deve ser abrangente, "como propôs desde o início os Estados Unidos", e de caráter multilateral - não uma série de acordos bilaterais. Allgeier participou, nesta terça-feira (21/10), do seminário sobre "O Papel dos Legisladores na Alca", organizado […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h03.

O embaixador Peter Allgeier, co-presidente americano da Área Livre de Comércio (Alca), defendeu que o acordo no hemisfério deve ser abrangente, "como propôs desde o início os Estados Unidos", e de caráter multilateral - não uma série de acordos bilaterais. Allgeier participou, nesta terça-feira (21/10), do seminário sobre "O Papel dos Legisladores na Alca", organizado pelo Parlamento Latino-Americano (Parlatino) e pelo Congresso Nacional, em Brasília.

"Achamos que o acordo deve cobrir as nove áreas que têm feito parte das negociações desde o início , disse o embaixador. São elas: agricultura, serviços, propriedade intelectual, política de concorrência, investimentos, acesso a mercados e bens industriais medidas antidumping e subsídios, solução de controvérsias e compras governamentais.

O embaixador destacou, ainda, que a questão é sensível para o Brasil, mas a inclusão de temas como regras para investimentos e serviços é uma forma de tornar a Alca consistente com a realidade atual do mundo dos negócios.

Brasil e Estados Unidos, que dividem a presidência da Alca, têm sérias divergências sobre os termos do acordo - principalmente sobre subsídios agrícolas. Segundo a embaixadora dos EUA no Brasil, Donna Hrinak, a questão deve ser discutida apenas no âmbito das negociações formais. Na avaliação de Hrinak, o objetivo de todos os países do continente americano é a integração, embora ela admita que os "detalhes" específicos de cada país são os passos mais difíceis nas negociações. "Mas estamos comprometidos com esse objetivo. A Alca tem de atender os interesses dos 34 países, senão vai ser um acordo insustentável. A idéia é que todos os países se levantem da mesa dizendo que os seus interesses mais importantes foram atendidos", disse.

Camex

O governo do Brasil procura unificar o discurso em relação à Área de Livre Comércio das Américas (Alca) antes da próxima reunião de negociações do bloco, que acontece dia 14 de novembro, em Miami, nos EUA. Segundo o secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Mário Mugnaini, haverá uma reunião especial da Camex para que se chegue a um consenso acerca da posição brasileira na negociação do bloco econômico. O encontro será realizado quando houver compatibilidade das agendas dos ministros que integram a Camex. Participam da câmara Fazenda, Desenvolvimento, Agricultura, Relações Exteriores, Planejamento e Casa Civil.

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