Economia

CNI vê aperto menor que esperado na política monetária

Brasília - O gerente executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, avalia que o clico de aperto na política monetária será um pouco menor do que o esperado no mercado financeiro. Segundo ele, a atividade econômica já começou a dar sinais de desaceleração no segundo trimestre e […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Brasília - O gerente executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, avalia que o clico de aperto na política monetária será um pouco menor do que o esperado no mercado financeiro. Segundo ele, a atividade econômica já começou a dar sinais de desaceleração no segundo trimestre e deve reduzir seu ritmo na segunda metade do ano. Diante desse cenário, na visão da CNI, o Banco Central deve promover mais uma elevação de 0,75 pontos porcentuais e fechar o ciclo em setembro com mais uma alta de 0,5 pontos porcentuais, com a Selic encerrando 2010 em 11,5% ao ano. A posição anterior da CNI era de que a Selic fecharia o ano em 11,0% anuais.

Ele explicou que essa expectativa mais otimista que a do mercado que trabalha com 12% ao ano em média para a Selic no fim de 2010, é baseada na expectativa de que a autoridade monetária vai enxergar a desaceleração da economia, um amortecimento da taxa de inflação e uma estabilização do nível de utilização da capacidade instalada no segundo semestre, como resposta à forte expansão no investimento.

De acordo com Castelo Branco, a elevação da Selic por si só vai ajudar a reduzir o ritmo de crescimento econômico brasileiro no segundo semestre. Aliás, a CNI já vê impactos da política monetária na elevação das taxas de juros de mercado e na retração do crédito de curto prazo. Além da Selic, a situação internacional, basicamente por causa da Europa, foi outro fato mencionado por Castelo Branco que vai ajudar a moderar o crescimento da atividade econômica no Brasil. Soma-se a isso a política fiscal menos expansionista.

Para a entidade, no segundo semestre deve haver uma combinação de aumento de receitas e menor ritmo de expansão dos gastos públicos, elevando o superávit primário e reduzindo a contribuição da política fiscal para o crescimento econômico. Mesmo assim a entidade ainda enxerga que a política fiscal continua expansionista e que a meta de superávit primário deverá ser cumprida com o uso dos abatimentos previstos na lei.

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