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CNI vai comandar missão de empresários nos EUA para sensibilizar governos sobre tarifaço

Empresários tentam evitar que medida entre em vigor no dia 1º de agosto

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Publicado em 25 de julho de 2025 às 13h46.

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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, afirmou nesta sexta-feira, 25, que a entidade vai conduzir uma missão empresarial aos Estados Unidos, nas próximas semanas, para ajudar na negociação das tarifas de 50% sobre produtos importados brasileiros.

Em fórum com entidades do setor produtivo nesta sexta, o presidente da CNI, disse que a mobilização da CNI tem o objetivo de sensibilizar empresas brasileiras e norte-americanas, junto aos respectivos governos, sobre os prejuízos da medida do governo americano.

– Principalmente para que a gente possa discutir a conveniência, pertinência, e a adequação de juntar as empresas americanas em um futuro próximo, nas próximas duas ou três semanas, em caso de se confirmar as tarifas para que possamos a fazer em viagem aos EUA, a sensibilização das empresas brasileiras ao governo brasileiro, e na sensibilização das empresas americanas junto ao governo americano – disse Alban.

A medida entrará em vigor a partir do dia 1º de agosto, caso não seja retirada pelo governo americano. Alban deixou claro que a medida não será realizada para intermediar uma negociação direta.

– Não é envolvendo jamais a negociação direta, que cabe aos governos mas para que possamos ser um facilitador dessa convergência de negociações.

O governo brasileiro segue insistindo na negociação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e vice-presidente Geraldo Alckmin vem reiterando que o governo americano não retornou aos contatos feitos por negociação.

Segundo Haddad, algumas empresas já estão acionando a Justiça nos Estados Unidos, inclusive empresas americanas, para contestar as tarifas de 50% anunciadas pelo governo Donald Trump a produtos brasileiros. Haddad reforçou que essa movimentação jurídica é mais um reflexo da complexidade do impasse que pode provocar desorganização nas cadeias produtivas tanto do Brasil quanto dos Estados Unidos.

— Tem muitas empresas entrando com ação judicial nos EUA, inclusive empresas americanas — disse Haddad em entrevista à Rádio Itatiaia. — Isso (a taxação) desorganiza as cadeias produtivas, tanto do Brasil quanto dos EUA.

Na entrevista de ontem, o ministro ressaltou que o governo já finalizou o plano de apoio aos setores mais afetados pelas tarifas e que ele será apresentado ao presidente Lula na próxima semana. Entre as medidas previstas, estão linhas de crédito emergenciais para alguns setores da economia.

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