Economia

Inflação está controlada e preços não pressionam, diz CNI

Instituição endossou as declarações feitas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta semana em Paris


	Com relação ao câmbio, o CNI disse achar que a moeda brasileira ainda está valorizada
 (Germano Lüders/Você S/A)

Com relação ao câmbio, o CNI disse achar que a moeda brasileira ainda está valorizada (Germano Lüders/Você S/A)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 13h59.

São Paulo - O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, endossou nesta quinta-feira declarações feitas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta semana em Paris. Segundo o ministro, o Brasil não enfrenta problemas inflacionários e o governo vai continuar impedindo a valorização do real, apesar do afrouxamento quantitativo nas economias avançadas. "Do ponto de vista da inflação no Brasil, ela está controlada. Vai ficar entre 4,5% e 5%, dentro da faixa estabelecida pela política monetária", disse Andrade.

De acordo com ele, o Brasil não tem nenhuma pressão, nem de demanda nem de oferta, que possa fazer com que a inflação suba. "Nós estamos vendo que a indústria não tem aumento de preços e os aumentos que nós temos, pelo contrário, são do setor de serviços, que não sofre competição externa. Os preços da indústria continuam pressionados pelas importações", disse Andrade, que participou, ao lado do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, do lançamento do Mapa do Trabalho Industrial, na sede da entidade paulista.

Com relação ao câmbio, o presidente da CNI disse achar que a moeda brasileira ainda está valorizada. "Precisamos ter ainda uma taxa cambial um pouco mais favorável à produção brasileira porque, com o nível atual, continuaremos importando muito e exportando pouco", avaliou.

Andrade defendeu a instituição de mecanismos de controle da entrada de recursos estrangeiros no Brasil. "Mesmo com a redução dos juros, as aplicações financeiras aqui ainda continuam muito interessantes. É isso que temos de olhar", afirmou.

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