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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
Brasília - O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) caiu no primeiro trimestre deste ano na comparação com o trimestre anterior, mas o otimismo do consumidor continua elevado. Esta é a avaliação feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que divulgou hoje o Inec do primeiro trimestre. A pesquisa mostra que o indicador do período situou-se em 116 pontos, o que representa uma queda de 1% na comparação com o trimestre anterior (117,2 pontos), interrompendo uma trajetória de crescimento que durava três trimestres.
Mesmo com essa queda, o índice de expectativa do consumidor continua 9,2% acima do observado em igual período de 2009 (106,3 pontos). A CNI também destaca que esse é o segundo maior valor do índice, superado apenas pelo indicador registrado no quatro trimestre de 2009. A avaliação da CNI é de que a manutenção desse otimismo elevado dos consumidores, mesmo com um recuo no trimestre, "sugere que há espaço para a manutenção do elevado ritmo de crescimento do consumo das famílias, que vem dando estímulo à produção industrial nos últimos meses".
Entre os componentes do Inec, a pesquisa mostra queda em três índices na comparação com o último trimestre do ano passado. O índice que mede a expectativa de inflação caiu 1,3% - queda nesse índice representa aumento do pessimismo em relação à inflação, segundo a metodologia da pesquisa. As expectativas para compras de bens de maior valor também caíram 3,8% no mesmo período de comparação e foi verificada queda de 4,2% na expectativa com relação à evolução da própria renda.
Os índices de expectativa de desemprego e quanto à situação financeira mantiveram-se praticamente estáveis, com ligeiro aumento de 0,7% e de 0,5%, respectivamente, na mesma base de comparação. A expectativa com relação ao índice de endividamento apresentou crescimento de 4,3%, revertendo a queda de 1,7% verificada no trimestre anterior e retomando a trajetória de aumento.
Segundo a CNI, o crescimento do índice denota queda no endividamento dos consumidores. "A queda no endividamento, acompanhada da melhora na situação financeira, mostra que os consumidores estão saneando suas finanças, abaladas durante a crise do ano passado", diz o documento da CNI.