Economia

CNC estima inflação deste ano quase no mesmo patamar de 2012

A alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) promete ficar entre 5,0% e 5,5%, de acordo com projeção divulgada hoje (7) pela CNC


	Nota de 10 reais: entidade empresarial diz que a inflação de 2012 melhorou um pouco em relação a 2011, mas persistiu em um patamar que variou acima de 5%
 (Getty Images)

Nota de 10 reais: entidade empresarial diz que a inflação de 2012 melhorou um pouco em relação a 2011, mas persistiu em um patamar que variou acima de 5% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 17h59.

Brasília - A persistência inflacionária tende a sustentar os preços em patamares acima do centro da meta de 4,5%, determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e a partir do cenário traçado para o ano de 2013, a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) promete ficar entre 5,0% e 5,5%, de acordo com projeção divulgada hoje (7) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A entidade empresarial diz que a inflação de 2012 melhorou um pouco em relação a 2011, mas persistiu em um patamar que variou acima de 5%, alimentada pelos mesmo fatores responsáveis pela alta dos preços em períodos anteriores: choques de oferta por efeitos climáticos, setor de serviços aquecido e um mercado de trabalho robusto. Exemplo disso é a inflação média anual de 9%, sustentada pelos grupos que agregam alimentos e serviços.

Os economistas da CNC entendem que a menor perspectiva de incidência de choques de oferta este ano e a anunciada queda das tarifas de energia elétrica, com efeito a partir de fevereiro, podem dar maior alívio ao comportamento da inflação. Advertem, no entanto, que a expectativa de retomada de um ritmo mais forte na atividade econômica deve manter a inflação em níveis elevados, com os preços livres em uma trajetória muito próxima da verificada nos últimos anos.

Há expectativas positivas, porém, quanto à possibilidade de melhores safras de alimentos agrícolas para reduzir pressões inflacionárias, além das perspectivas de manutenção de fraca recuperação da economia mundial, que também contribui para aliviar preços. A análise de mercado feita pela CNC ressalta, porém, que “mesmo não sendo esperado”, é válido destacar que qualquer problema climático no decorrer do ano poderá deteriorar o cenário traçado.

A CNC lembra, também, que apesar do menor reajuste do salário mínimo, no início deste mês, que teve alta nominal de 9% contra 14% em janeiro de 2012, a baixa taxa de desemprego faz com que a escassez de mão de obra permita reajustes salariais mais robustos, com impacto no aumento dos custos empresariais e no crescimento da renda do trabalhador. Além disso, a inércia inflacionária advinda dos resultados mais elevados dos índices gerais de preços, do ano anterior, provocará maiores reajustes sobre os aluguéis, com reflexos também nos preços dos serviços.

Outro ponto relevante, de acordo com a entidade, será o impacto do fim gradual das desonerações tributárias sobre os preços de bens duráveis. Embora com menor relevância do que serviços no IPCA – peso médio de 10% contra 35% de serviços – a comercialização de carros, eletrodomésticos e material de construção não registrará resultados tão favoráveis como em 2012. A CNC estima que a retomada gradativa da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) adicionará menos de 0,3 ponto percentual à inflação total.

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