Economia

CNC eleva para 1,6% projeção de crescimento das vendas do varejo

A revisão da projeção para este ano foi feita após a divulgação do resultado de maio pelo IBGE

Varejo: a análise da CNC mostra que três fatores têm contribuído para melhorias mais acentuadas nesses segmentos (Paulo Whitaker/Reuters)

Varejo: a análise da CNC mostra que três fatores têm contribuído para melhorias mais acentuadas nesses segmentos (Paulo Whitaker/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 12 de julho de 2017 às 14h13.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) reviu de 1,2% para 1,6% a projeção de crescimento nas vendas do varejo este ano.

A revisão foi feita após o resultado de maio da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a pesquisa, a receita do varejo ampliado (que também reúne os materiais de construção e veículos e peças) registrou avanço de 4,5% na comparação com maio do ano passado. Esse foi o melhor resultado desde março de 2015, quando houve um aumento de 5% na receita do varejo.

Segundo o economista Fabio Bentes, da CNC, a recuperação sustentável do setor continua dependente, de forma mais ampla, da melhora das condições de emprego e taxas de juros mais compatíveis com a trajetória recente da inflação.

"Confirmada essa expectativa, o setor voltaria, enfim, a crescer após três anos de retrações ao fim do qual o nível mensal de vendas retroagiu a níveis do início de 2010", afirmou.

Dos dez segmentos pesquisados pela PMC, apenas dois registraram retrações em relação a maio de 2016: combustíveis e lubrificantes (-0,9% ) e livrarias e papelarias (-1% ).

Considerando os segmentos que tiveram resultados positivos, entre os que mais se destacaram foram os de móveis e eletrodomésticos (13,8% ), materiais de construção (9,3% ), equipamentos de informática e comunicação (8,8% ) e vestuário e calçados (5%).

A análise da CNC mostra ainda que três fatores têm contribuído para melhorias mais acentuadas nesses segmentos: a escassez de demanda, que ocasionou um crescimento dos preços menor que o do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA); a recuperação parcial do crédito; e os saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que tiveram impacto positivo, ainda que temporário, nas vendas.

Acompanhe tudo sobre:ComércioVarejoVendas

Mais de Economia

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte