Economia

CMN dobra limite de operações cambiais de corretoras

O conselho também ampliou os tipos de operação de câmbio que essas instituições financeiras podem oferecer

As corretoras e distribuidoras foram autorizadas a intermediar operações de investimento e de crédito externo (Germano Lüders/EXAME.com)

As corretoras e distribuidoras foram autorizadas a intermediar operações de investimento e de crédito externo (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2012 às 19h31.

Brasília – O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu hoje que corretoras de câmbio e distribuidoras de títulos podem fazer operações cambiais de até US$ 100 mil. O valor representa o dobro do limite anterior. O conselho também ampliou os tipos de operação de câmbio que essas instituições financeiras podem oferecer.

As corretoras e distribuidoras foram autorizadas a intermediar operações de investimento e de crédito externo, como remessas de lucros para o exterior, pagamento de juros e empréstimos internacionais e investimento estrangeiro direto, que é a aplicação de empresas internacionais na atividade produtiva brasileira. Essas operações também estão sujeitas ao limite de US$ 100 mil cada.

Até agora, as corretoras e distribuidoras podiam apenas oferecer operações cambiais de exportação, importação e transferências unilaterais (como doações de emigrantes ou pagamento de pensões e aposentadorias). O teto era diferenciado conforme o tipo de operação, mas, na maioria das operações, correspondia a US$ 50 mil.

Segundo o chefe da Gerência Executiva de Normatização de Câmbio e Capitais Estrangeiros do Banco Central, Geraldo Magela Siqueira, a medida tem como objetivo ampliar a concorrência no mercado de câmbio e melhorar o atendimento a pessoas físicas e pequenas empresas. “Buscamos aumentar a concorrência e baratear o custo das operações de pequeno valor. As corretoras e distribuidoras têm menor custo de operação do que os bancos e podem oferecer taxas mais baratas”, destacou.

De acordo com Siqueira, a medida beneficiará 74 corretoras e distribuidoras que atuam no mercado de câmbio em todo o país. Ele estimou que 86 mil operações cambiais por ano hoje atendidas exclusivamente por bancos possam migrar para instituições menores. Isso representa US$ 4 bilhões anuais, que poderão ser movimentados com custos mais baixos.

Ele descartou a possibilidade de a medida influenciar a taxa de câmbio porque as mudanças beneficiam operações de pequeno valor. “As operações cambiais até US$ 100 mil correspondem a apenas 8% em termos de volume [de valores movimentados], mas representam 90% da quantidade [das operações]”, explicou.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioCMNCorretoras

Mais de Economia

Banco Mundial reduz para 2,3% previsão de crescimento global em 2025 devido à guerra comercial

Indústria é contra aumento de impostos para setor produtivo, diz presidente da CNI

Medidas do governo só afetam 'morador de cobertura', diz Haddad

Após reunião com Lula, Haddad diz que pacote alternativo ao IOF deve ser enviado à Casa Civil hoje