Economia

CMN determina que mutuário poderá escolher o seguro

Por Fernando Nakagawa Brasília - Os bancos que realizam financiamento imobiliário só poderão conceder empréstimos para a compra da casa própria pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), mesmo no programa Minha Casa, Minha Vida, com a oferta de dois seguros diferentes para o mutuário, que poderá escolher a opção mais barata. A regra, prevista na […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2009 às 09h19.

Por Fernando Nakagawa

Brasília - Os bancos que realizam financiamento imobiliário só poderão conceder empréstimos para a compra da casa própria pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), mesmo no programa Minha Casa, Minha Vida, com a oferta de dois seguros diferentes para o mutuário, que poderá escolher a opção mais barata. A regra, prevista na lei que criou o Minha Casa, Minha Vida, foi regulamentada ontem em decisão extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN). Com a regulamentação, a exigência passará a valer dentro de 90 dias.

A medida tenta quebrar um quase monopólio da Caixa Seguros, que detém mais de 70% do mercado de seguros habitacionais. O Ministério da Fazenda explicou que a oferta de duas alternativas de seguro tem como objetivo aumentar a concorrência nesse tipo de produto financeiro, para tentar reduzir o custo final para o cliente.

Para que esse objetivo seja alcançado, uma das duas alternativas de seguro oferecidas ao mutuário deverá ser de uma companhia de fora do grupo financeiro do banco que fará o empréstimo imobiliário. Assim, haverá incentivo para que outras companhias possam ganhar mercado. De janeiro a setembro, o mercado de seguros imobiliários foi extremamente concentrado: 73% dos contratos foram assinados com a Caixa Seguros e 20% estão na mão de quatro outras companhias (Itaú, Excelsior, Bradesco e Tokio Marine).

O seguro vinculado ao financiamento cobre casos de morte, invalidez permanente e danos físicos ao imóvel financiado. Além da oferta de dois seguros obrigatórios pelo banco, o mutuário que não quiser contratar uma dessas opções poderá escolher outra seguradora e apresentá-la ao banco para análise. O contrato deve ter prazo igual ao do financiamento e o banco credor como beneficiário.

Essa alternativa individual de seguro, porém, terá um custo de análise. O CMN aprovou regra que permite ao banco cobrar taxa de até R$ 100 para essa avaliação do contrato de seguro. A análise tem de ser feita em até 15 dias. Ao mutuário dos novos contratos, também será permitido trocar de seguro durante o financiamento, caso ele encontre um seguro mais barato. Essa mudança, porém, só poderá ser feita se o novo contrato tiver as mesmas características do contrato vigente.

 

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

'Estamos tirando de quem tem muito', diz Lula sobre mudanças no Imposto de Renda

União Europeia quer evitar enxurrada de alumínio em seu mercado com barreiras tarifárias nos EUA

Imposto de Renda: estados se mobilizam para evitar perda de arrecadação com aumento da isenção

Senado avança em projeto sobre 'reciprocidade' tarifária