Economia

Clima econômico piora na AL, mas melhora no mundo, diz FGV

Segundo o levantamento, o índice ICE recuou 5,3% entre janeiro e abril de 2015, ao passar de 75 pontos para 71 pontos


	Segundo o levantamento, o índice ICE recuou 5,3% entre janeiro e abril de 2015, ao passar de 75 pontos para 71 pontos
 (Diego Giudice/Bloomberg)

Segundo o levantamento, o índice ICE recuou 5,3% entre janeiro e abril de 2015, ao passar de 75 pontos para 71 pontos (Diego Giudice/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2015 às 10h55.

Rio de Janeiro - O clima econômico na América Latina piorou entre janeiro e abril, embora tenha melhorado no resto do mundo, informa o estudo Clima Econômico da América Latina (ICE) - elaborado pela Fundação Getulio Vargas em parceria com a instituição Ifo Institute for Economic Research. Ifo é uma instituição pública alemã que produz estudos sobre tendências da economia internacional.

Segundo o levantamento, o índice ICE recuou 5,3% entre janeiro e abril de 2015, ao passar de 75 pontos para 71 pontos. A queda foi liderada pelo Indicador de Expectativas (IE): este caiu 11%, enquanto o da Situação Atual (ISA) avançou 3,4%.

Divulgado hoje (12) pela FGV, o relatório aponta todos os indicadores na zona desfavorável de clima econômico. A piora no IE preocupa, segundo a FGV, na medida em que indica visão no cenário nos próximos seis meses.

Na contramão da América Latina, no plano mundial, houve uma melhora do ICE em outros países do mundo: o indicador passou de 106 pontos para 110 pontos, liderado pelo desempenho da União Europeia (UE). A UE registrou elevação de 11,5% na pontuação, em razão tanto das avaliações sobre a situação atual quanto das expectativas.

Os dados divulgados indicam que todos os indicadores internacionais passaram à zona favorável, embora nos Estados Unidos os índices tenham recuado. Mesmo assim, os indicadores norte-americanos mantiveram-se acima da média dos últimos dez anos e na zona de clima favorável.

A China continua registrando clima econômico desfavorável desde outubro de 2014, mesmo com o aumento de 7,1% do ICE, entre janeiro e abril, para 91 pontos. “Este resultado, no entanto, está associado ao aumento de 20% no IE, “o que sugere que a economia pode estar retomando uma trajetória ascendente”, avalia o estudo.

Entre os Brics, sigla que se refere a Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brasil registrou o menor ICE, enquanto a Índia é o único país do grupo com ICE favorável.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaEmpresasFGV - Fundação Getúlio Vargas

Mais de Economia

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições

Ministros apresentam a Lula relação de projetos para receber investimentos da China