Colheitas de soja: volume colhido no Paraná deve garantir ao Estado o segundo lugar na produção nacional, atrás apenas de Mato Grosso (Paulo Fridman/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 13h00.
São Paulo - Boas condições climáticas até o momento devem garantir uma safra recorde de soja no Paraná, o segundo principal Estado produtor no país, disse nesta quarta-feira o Departamento de Economia Rural, órgão de pesquisa ligado ao governo estadual.
"Se continuar caminhando assim, a safra deve ser boa", afirmou o economista do Deral, Marcelo Garrido.
O levantamento mais recente da entidade aponta que 94 por cento das lavouras estão em boas condições, contra 6 por cento em condições médias e nenhuma região com condições ruins.
O Deral, cujas estimativas são referência para o mercado, deve divulgar nova projeção de safra no dia 30 de janeiro, mas Garrido adiantou que os números não devem sofrer alterações importantes.
Em dezembro, o Deral projetou a colheita paranaense da oleaginosa em um recorde de 16,46 milhões de toneladas nesta temporada 2013/14, alta de 4 por cento ante 2012/13.
"Não deve fugir muito desses números", disse Garrido.
O volume colhido no Paraná deve garantir ao Estado o segundo lugar na produção nacional, atrás apenas de Mato Grosso. O governo federal estima a safra brasileira em 90,33 milhões de toneladas.
Segundo ele, apenas algumas lavouras precoces tiveram certo prejuízo com uma estiagem de cerca de 20 dias ao longo de dezembro, mas a normalização das chuvas ao final de dezembro e em janeiro evitou grandes prejuízos.
"Nessas áreas teve redução de produtividade, ante o esperado inicialmente, mas nada que venha a afetar a região ou o Estado", disse.
Os primeiros registros de colheita de soja no Paraná ocorreram há duas semanas e, pela primeira vez nesta temporada, o relatório do Deral desta semana registra oficialmente o avanço dos trabalhos, que alcançam 1 por cento da área plantada.
Segundo Garrido, a colheita está iniciando pelo oeste do Estado, nas regiões de Toledo, Cascavel e Francisco Beltrão.