Economia

Classe E já responde por 16,8% dos novos cartões de crédito

Estudo da Serasa Experian mostra que demanda por cartões de crédito no país está sendo puxada pela baixa renda


	Cartões de crédito: mercado está crescendo entre pessoas de baixa renda
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Cartões de crédito: mercado está crescendo entre pessoas de baixa renda (Marcos Santos/USP Imagens)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 11h31.

São Paulo - A demanda por cartões de crédito no Brasil está sendo puxada por adultos com média de trinta anos e renda mensal média de R$ 1.428,78: a participação deste perfil entre o total de consumidores de cartão de crédito pulou de 12% no ano passado para 16% em 2013. A alta foi puxada pelo aumento do emprego formal com carteira assinada.

A primeiro posição, no entanto, continua com os adultos entre 20 e 30 anos com baixa renda e empregos de pouca qualificação ou informais, responsáveis por 26% do total. A representividade da classe E também não para de crescer: pulou de 6,2% em 2009 para 16,8% em 2013.

Entre todos os solicitantes, 78% procuram crédito ou serviço em mais de uma instituição. As conclusões são de um estudo econômico apresentado hoje no C4 (Congresso de cartões e crédito ao consumidor) pela Serasa Experian, que usou informações de cerca de 1 milhão de CPFs. 

Inadimplência

A empresa também mede a taxa de inadimplência nos primeiros 4 meses após a aquisição do cartão de crédito. Essa número, que estava em 4,4% em 2012, caiu para 3,8% este ano - ainda acima dos 3,2% registrados em 2011.

De acordo com o presidente da empresa, Ricardo Loureiro, o planejamento financeiro é indispensável: "Estes cidadãos estariam começando a aprender a lidar com crédito justamente numa modalidade em que os juros são altos. Assim, o risco de terem uma primeira experiência frustrante de crédito não é desprezível."

Acompanhe tudo sobre:Cartões de créditoCréditoEmpresasempresas-de-tecnologiaExperianSerasa Experiansetor-de-cartoes

Mais de Economia

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições