Trabalhadores em um frigorífico da Minerva, em Barretos (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 30 de maio de 2014 às 16h42.
São Paulo - As indústrias processadoras de carnes têm à frente um cenário mais favorável, após mudanças de gerenciamento, ganhos de produtividade, sinergias e foco em desalavancagem, apontaram analistas do Citi Research Equities, que veem na Copa do Mundo uma oportunidade de crescimento para o setor.
"Nós adotamos uma visão mais construtiva para as processadoras de proteína no Brasil", disseram os analistas do Citi Alexander Robarts e Marcelo Inoue em relatório a clientes, elevando o preço-alvo das ADRs da BRF e das ações da Marfrig e da JBS.
Os analistas argumentaram que uma nova administração sênior da BRF, JBS Foods e as divisões Keystone e Moy Park, da Marfrig, combinados com ganhos de produtividade ou de sinergia colaboraram para que as companhias atingissem um estágio de desenvolvimento mais atrativo.
Além disso, eles citaram o foco na gestão de capital de giro e desalavancagem após um período de fusões e aquisições, especialmente para BRF e Marfrig, e um dólar mais favorável às exportações até 2015.
"Nós também esperamos uma melhora de volume (comercializado) relacionado com a Copa do Mundo e preços mais baixos do milho no segundo semestre no Brasil", acrescentaram, entre os fatores que favorecem o cenário para indústria.
O novo preço-alvo para a BRF, maior exportadora global de carne de frango, está em 26,50 dólares, contra 22,50 dólares anteriormente, enquanto a recomendação foi mantida em "comprar".
Para a JBS, maior processadora mundial de carnes, o preço-alvo foi elevado a 9,50 reais, contra 8,50 reais anteriormente, e a recomendação foi mantida em "neutro" (alto risco).
A Marfrig, segunda maior produtora de carne bovina no Brasil, teve seu preço-alvo elevado pelos analistas do Citi para 6,75 reais, contra 5,40 reais anteriormente. Já a recomendação passou para "comprar" (alto risco) ante "neutro".