Economia

Ciro Gomes defende atuação de Caixa e BB para reduzir spread

Candidato do PDT também defende taxa de câmbio pouco volátil e que oscile em patamar que seja competitivo para indústria nacional

Ciro Gomes: pedetista disse que documento não é um plano de governo, mas sim "diretrizes" a serem discutidas com a sociedade (Adriano Machado/Reuters)

Ciro Gomes: pedetista disse que documento não é um plano de governo, mas sim "diretrizes" a serem discutidas com a sociedade (Adriano Machado/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 14 de agosto de 2018 às 19h44.

São Paulo - As diretrizes do plano de governo do candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, defendem uma taxa de câmbio pouco volátil e que oscile em um patamar que seja competitivo para a indústria nacional e uma atuação da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil para redução do spread bancário.

"A taxa de câmbio deve oscilar, com reduzida volatilidade, em torno de um patamar competitivo para a indústria nacional", afirma o documento protocolado pela campanha de Ciro junto ao registro de sua candidatura na Justiça Eleitoral, sem citar qual seria este patamar competitivo para o setor industrial.

"A política fiscal equilibrada e a redução da taxa de juros serão os fatores determinantes desse comportamento da taxa de câmbio", acrescenta o documento.

As diretrizes, de acordo com o texto protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não são o programa de governo do petista, mas elementos para serem debatidos com a sociedade durante a campanha eleitoral.

"Esse não é o nosso programa de governo. São as diretrizes que vamos discutir com a sociedade. Elas serão discutidas e aperfeiçoadas com a participação de toda a sociedade brasileira e suas muitas instituições representativas ao longo da campanha eleitoral", afirma o documento.

"Portanto, certamente haverá, num país de tantas complexidades, omissões, incompletudes e até ideias que deverão ser substituídas pelo aperfeiçoamento que alcançaremos durante essa campanha", alerta.

Entre as ideias, também estão a "adoção de medidas de núcleo dos índices de preços como meta de inflação" e um alongamento do prazo para que a inflação convirja para o centro da meta em caso de "choques".

"Ao invés do ano calendário, adotar um número maior de meses", explica o texto.

As diretrizes de Ciro defendem ainda a divulgação das transcrições das gravações das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central seis meses após o encontro, como forma de aumentar a transparência.

O documento do pedetista, que fez a proposta de tirar 63 milhões de brasileiros do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), também defende uma maior atuação de órgãos reguladores como Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Banco Central no controle da concentração no setor bancário.

Defende, ainda, a revogação da regra do teto dos gastos públicos, que limita por 20 anos a expansão das despesas à inflação do ano anterior, e uma redução inicial de 15 por cento nas desonerações tributárias.

As diretrizes pedetistas também apontam para a redução dos impostos sobre consumo e do Imposto de Renda sobre a pessoa jurídica e a criação de um Imposto sobre Valor Agregado em substituição a vários tributos existentes. Defende ainda a isenção de tributos na aquisição de bens de capital.

O documento repete alguns pontos que têm sido defendidos publicamente por Ciro, como a adoção de um modelo de capitalização para a Previdência.

Acompanhe tudo sobre:BB – Banco do BrasilCaixaCiro GomesEleições 2018PDTSpread

Mais de Economia

Subsídios na China fazem vendas de eletrônicos crescer até 400% no ano novo lunar

Conta de luz não deve ter taxa extra em 2025 se previsão de chuvas se confirmar, diz Aneel

Após receber notificação da AGU, TikTok remove vídeo falso de Haddad

Governo pode perder até R$ 106 bi com renegociação de dívida dos estados, estima Tesouro Nacional