Economia

Cigarros eletrônicos podem apagar bônus de tabaco em breve

Rápido crescimento das vendas de cigarros eletrônicos apresenta um crescente risco a detentores de até 96 bilhões de dólares em bônus


	Cigarro eletrônico: analistas já previam que os bônus de tabaco começariam a entrar em default em 10 anos
 (AFP)

Cigarro eletrônico: analistas já previam que os bônus de tabaco começariam a entrar em default em 10 anos (AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 13h55.

Nova York - O rápido crescimento das vendas de cigarros eletrônicos apresenta um crescente, mas subestimado risco a detentores de até 96 bilhões de dólares em bônus ligados a pagamentos que companhias de tabaco fazem a Estados norte-americanos, relacionados a um arrebatador acordo com a Justiça em 1998.

Muitos analistas já previam que os bônus de tabaco começariam a entrar em default dentro dos próximos dez anos, pois os norte-americanos têm deixado de fumar em um ritmo mais rápido do que o estimado quando os bônus foram vendidos na década passada.

O consumo de cigarros tem caído a uma média anual de 3,4 por cento desde 2000, enquanto muitos bônus foram estruturados para aguentar quedas de entre apenas 2 e 3 por cento no consumo.

"Se a (taxa de) queda chegar a 6 ou 7 por cento, será muito rápido", disse Tom Metzold, gerente de portfólio da Eaton Vance Investment Managers. "Acredito que os primeiros serão provavelmente daqui a cinco anos", disse ele, se referindo aos defaults.

Embora ainda sejam uma fatia pequena do mercado de cigarros, as vendas de cigarros eletrônicos e outros produtos vaporizadores já cresceram para 2,2 bilhões de dólares ante quase zero há quatro anos.

Segundo algumas estimativas, eles vão capturar mais da metade do mercado de fumo em um década, e companhias de tabaco já disputam posições de liderança conforme essa mudança se desenvolve.

Sob o acordo acertado 16 anos atrás entre as maiores companhias de tabaco dos Estados Unidos e 46 Estados norte-americanos, as companhias fazem pagamentos anuais aos Estados usando uma fórmula complexa vinculada às vendas norte-americanas de tabaco.

O acordo encerrou anos de batalhas jurídicas iniciadas pelos Estados, que buscavam recuperar custos com saúde pelo tratamento de doenças ligadas ao tabagismo.

Em 2013, os norte-americanos compraram 13,3 bilhões de maços de cigarros e 400 mil maços equivalentes de cigarros eletrônicos. Em 2012, foram 14,1 bilhões de maços de cigarros e 200 mil de cigarros eletrônicos.

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