Economia

Cidades brasileiras podem voltar com tudo no pós-recessão

Entre os países dos BRICS, somos os mais urbanizados - e as cidades que foram grandes vítimas da crise podem se tornar os motores da recuperação

Salvador, Bahia (Trivago / Embratur/Divulgação)

Salvador, Bahia (Trivago / Embratur/Divulgação)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 19 de março de 2017 às 08h00.

Última atualização em 19 de março de 2017 às 08h00.

São Paulo - Depois de uma recessão dura, "a perspectiva é promissora" para as cidades brasileiras, segundo a consultoria Euromonitor.

O crescimento total do PIB nas 26 cidades brasileiras monitoradas pela consultoria deve ser de 9,8% em média entre 2016 e 2021.

É mais, por exemplo, do que o crescimento de 6,9% previsto para as metrópoles russas no mesmo período - e as cidades importam ainda mais por aqui.

Entre os países dos BRICS, somos os mais urbanizados: 86% dos brasileiros moram em cidades, contra 56% dos chineses e só 33% dos indianos.

"É óbvia a razão pela qual as dificuldades do país foram sentidas tão intensamente nas cidades", diz o texto assinado pela analista Iryna Sychyk.

O número de empregos na manufatura caiu 7,6% em São Paulo entre 2011 e 2016, enquanto Salvador viu uma queda de 5,2% no mesmo período.

A Euromonitor nota que o Rio de Janeiro foi uma exceção e parece ter adquirido dinâmica própria: no mesmo período, o PIB da cidade cresceu 5% e o número de empregos na construção disparou 29%.

Foi um efeito direto de eventos internacionais como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 e que já havia sido notado em um estudo do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social) divulgado em meados do ano passado.

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