Economia

Chipre criam comissão para elaborar plano alternativo

O governo busca alternativas para cobrir a contribuição de 5,8 bilhões de euros exigida pelo Eurogrupo em troca do resgate de 10 bilhões de euros

O ministro das Finanças cipriota Michael Sarris sai de reunião no Ministério das Finanças da Rússia, em Moscou  (REUTERS / Maxim Shemetov)

O ministro das Finanças cipriota Michael Sarris sai de reunião no Ministério das Finanças da Rússia, em Moscou (REUTERS / Maxim Shemetov)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 07h17.

Nicósia - O presidente do Chipre, Nikos Anastasiadis, e os líderes dos partidos políticos decidiram nesta quarta-feira elaborar um plano B para buscar vias alternativas a fim de cobrir a contribuição de 5,8 bilhões de euros exigida pelo Eurogrupo em troca do resgate de 10 bilhões.

O porta-voz do Governo cipriota, Jristos Stilianidis, anunciou ao término da reunião que uma comissão técnica foi formada para elaborar os detalhes e que por enquanto todos se encaminharam ao Banco Central para obter as informações necessárias.

Segundo informações da televisão pública "RIK", a ideia é que se reduza ou até mesmo elimine a taxação sobre os depósitos e, em troca, 5,8 bilhões de euros deverão ser obtidos através de fontes alternativas, como os fundos da Igreja Ortodoxa do Chipre ou da Seguridade Social.

Participaram dessa reunião os dirigentes de todos os partidos representados no Parlamento: o conservador DISY, o comunista AKEL, o centrista DIKO, o social-democrata EDEK, o de centro-direita EVROKO e o partido ecologista.

No Banco Central, os líderes das formações políticas se reunirão com representantes da troika, informou a televisão pública.

Anastasiadis se reuniu no começo da manhã com o arcebispo do Chipre, Chrysostomos II, que, ao término do encontro, assinalou à "RIK" que a propriedade da Igreja Ortodoxa do Chipre está à disposição do Estado.

"Podemos hipotecar toda essa propriedade e do dinheiro que conseguirmos compramos bônus do Estado para salvar o sistema bancário do país", explicou Chrysostomos II.

Questionado se a Igreja tem um teto de contribuição, o arcebispo respondeu: "Como todos sabem, a propriedade da Igreja é imensa".

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