Economia

China tenta abrandar disputa sobre iuan com EUA

Pequim - A China informou nesta sexta-feira que um enviado está seguindo para Washington para tentar abrandar as tensões comerciais com os Estados Unidos em meio a críticas a seu regime cambial, alertando que as ameaças de parlamentares norte-americanos podem impedir o progresso sobre o assunto.   O anúncio, junto com comentários conciliatórios do ministro […]

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2010 às 09h35.

Pequim - A China informou nesta sexta-feira que um enviado está seguindo para Washington para tentar abrandar as tensões comerciais com os Estados Unidos em meio a críticas a seu regime cambial, alertando que as ameaças de parlamentares norte-americanos podem impedir o progresso sobre o assunto.

O anúncio, junto com comentários conciliatórios do ministro do Comércio chinês, parece ter o objetivo de esfriar a cada vez mais rancorosa disputa, que fez senadores dos EUA ameaçarem produtos chineses com impostos se Pequim não permitir a apreciação do iuan.

"Canais de comunicação entre os dois lados estão abertos. Todas as questões de preocupação para ambos os lados podem ser discutidas por meio desses canais", disse He Ning, chefe da divisão para América do Norte no Ministério do Comércio.

Mas a China não deu indicações de que está pronta para abandonar seu compromisso com uma taxa de câmbio estável, e as expectativas do mercado para uma alta do iuan permaneceram contidas.

He e outras autoridades reforçaram em entrevista a jornalistas que os EUA continuam sendo um mercado chave para os produtos chineses, e que Pequim quer diminuir os riscos de uma reação norte-americana.

"Enviar uma autoridade a Washington manda um sinal de que a China quer conversar sobre essas questões, que não quer aumentar esse conflito", disse Wang Yong, professor da Universidade Peking que estuda laços econômicos entre China e EUA.

Discussões produtivas só serão possíveis se Washington deixar a política e as emoções de fora, acrescentou He.

A pressão política está crescendo. Muitos no Congresso dos EUA exigem ações duras se a China resistir à apreciação do iuan e o Tesouro norte-americano vai emitir no mês que vem um importante relatório sobre práticas cambiais.

A discussão sobre a política monetária da China ainda pode ser magnificada pelas eleições parlamentares em novembro.

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