Economia chinesa: exportações saltaram em julho 14,5% ante o ano anterior, ritmo mais rápido em 15 meses (Arquivo/AFP)
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2014 às 08h19.
Pequim - As <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/exportacoes">exportações</a></strong> da China impulsionaram o superávit comercial da <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/china">China</a></strong> para um recorde em julho, alimentando o otimismo de que a demanda global ajudará a conter a pressão sobre a economia doméstica do enfraquecimento do setor imobiliário.</p>
Embora a indústria pareça ter acelerado na segunda maior economia do mundo, uma fraqueza inesperada no setor de serviços nesta semana renovou as preocupações sobre o crescimento. O fraco mercado imobiliário continua sendo o maior risco da China, sendo um peso sobre a economia como um todo e a confiança do investidor.
As exportações saltaram em julho 14,5 por cento ante o ano anterior, ritmo mais rápido em 15 meses, informou nesta sexta-feira a Administração Geral de Alfândega, dobrando ante 7,2 por cento em junho e superando as expectativas do mercado.
As exportações foram mais fortes do que o esperado mesmo após contabilizados dados de exportação inflados no início de 2013, quando empresas falsificaram faturas para driblar controles de capital.
Alguns analistas atribuíram o salto das exportações a embarques atrasados devido à recente volatilidade do iuan que pode não se sustentar. Ao mesmo tempo, as importações caíram 1,6 por cento contra uma alta de 5,5 por cento em junho, deixando o país com superávit comercial recorde de 47,3 bilhões de dólares para o mês.
"Os dados (de exportação) indicam demanda externa bastante forte e menor necessidade de uma moeda fraca", disse Dariusz Kowalczyk, economista sênior do Credit Agricole.
"Entretanto, as importações caíram 1,6 por cento na base anual, indicando fraca demanda doméstica e pressão para baixo sobre o crescimento. As autoridades devem dar mais suporte à economia doméstica." Pesquisa da Reuters projetava alta de 7,5 por cento nas exportações, aumento de 3 por cento nas importações e superávit comercial de 27 bilhões de dólares.