Economia

China recebe bem interesse dos EUA de negociar

Secretário do Tesouro dos EUA declarou ter intenção de viajar à China em breve, possivelmente para uma negociação sobre a guerra comercial

Bandeira da China e dos Estados Unidos são vistas em Washington (Hyungwon Kang/Reuters)

Bandeira da China e dos Estados Unidos são vistas em Washington (Hyungwon Kang/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de abril de 2018 às 10h18.

A China demonstrou vontade de negociar com Washington, depois que o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, confirmou que está considerando uma viagem à China para discutir a crescente luta comercial entre os países.

O Ministério do Comércio da China, em uma declaração concisa, disse no domingo que Pequim recebeu a mensagem sobre o interesse dos EUA em chegar a Pequim para discutir questões econômicas e comerciais.

A declaração, citando um porta-voz não identificado, disse: "A China recebe bem essa iniciativa".

A manifestação ocorreu após as declarações de Mnuchin no sábado em Washington de que uma viagem à China está "sob consideração".

Mnuchin, que não quis comentar sobre o momento da viagem, também disse estar "cautelosamente otimista" em relação a um acordo com Pequim. Um eventual acordo pode reduzir as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

O recomeço das negociações formais entre Washington e Pequim pode sinalizar um degelo em um impasse comercial que fez com que os dois lados reduzissem as tarifas de alguns bens. As tensões entre os governos já afetaram grandes empresas de tecnologia de ambos os lados.

No início deste mês, o anúncio do presidente Donald Trump de que estava considerando ampliar o escopo das penalidades para incluir mais US$ 100 bilhões em produtos chineses causou uma resposta veemente do Ministério do Comércio da China, que se recusou a negociar enquanto os EUA aumentassem a pressão sobre o comércio do país.

Os Estados Unidos esperavam que os grupos empresariais americanos liberassem agora os itens a serem atingidos pelas tarifas e vários lobistas de Washington com fortes laços com o governo disseram que a lista está em grande parte concluída.

Atrasar a publicação da lista pode se tornar uma maneira de sinalizar a Pequim que os EUA estão interessados em negociações - e como forma de encorajar Pequim a manter a pressão sobre a Coréia do Norte sobre as armas nucleares.

"A China tem sido muito útil nas sanções com a gente", disse Mnuchin.

Mas está longe de estar claro quanto tempo a administração Trump continuará a ser restrita quanto às tarifas. O representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, que é responsável pelas tarifas, tem passado a maior parte do tempo ultimamente tentando obter um acordo preliminar sobre o Acordo de Livre Comércio da América do Norte. Esses esforços continuarão na próxima semana.

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