Economia

China protesta por sanções dos EUA à importação de petróleo do Irã

Trump decidiu encerrar em 2 de maio as isenções que ainda permitem a oito países importar petróleo iraniano

China: país é um dos principais importadores de petróleo iraniano (Getty Images/Reprodução)

China: país é um dos principais importadores de petróleo iraniano (Getty Images/Reprodução)

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AFP

Publicado em 23 de abril de 2019 às 09h46.

Última atualização em 23 de abril de 2019 às 09h54.

A China, um dos principais importadores de petróleo iraniano, protestou nesta terça-feira contra a decisão dos Estados Unidos de aplicar sanções aos países que compram petróleo da República Islâmica.

"A China se opõe com veemência à aplicação de sanções unilaterais por parte dos Estados Unidos", afirmou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, para quem a decisão de Washington "intensificará as turbulências no Oriente Médio".

O presidente americano Donald Trump decidiu encerrar em 2 de maio as isenções que ainda permitem a oito países (China, Índia, Turquia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Itália e Grécia) importar petróleo iraniano.

O objetivo de Washington é "levar a zero as exportações e privar o regime de sua principal fonte de recursos", afirmou a Casa Branca na segunda-feira.

A medida, que provocou a disparada dos preços do petróleo, pode ter consequências para a economia da China e para as negociações comerciais em curso com os Estados Unidos.

De acordo com a agência S&P Global Platts, o Irã exportou em média 1,7 milhão de barris diários em março, incluindo 628.000 para a China.

"A China pede aos Estados Unidos que respeite seus interesses e preocupações", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores.

Sem revelar se Pequim suspenderia ou não as importações de petróleo iraniano, Geng disse que o país continuará "salvaguardando os direitos legítimos das empresas chinesas".

"A medida tomada pelos Estados Unidos intensificará as turbulências no Oriente Médio, assim como no mercado de energia internacional", advertiu.

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