Economia

China aposta em política fiscal para estimular crescimento

O ministério informou que vai destinar mais recursos para apoiar alguns projetos de infraestrutura e promover cortes de impostos para pequenas empresas


	O iuane, moeda da China: o ministério informou que vai destinar mais recursos para apoiar alguns projetos de infraestrutura e promover cortes de impostos para pequenas empresas
 (AFP)

O iuane, moeda da China: o ministério informou que vai destinar mais recursos para apoiar alguns projetos de infraestrutura e promover cortes de impostos para pequenas empresas (AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2015 às 06h56.

Pequim - O Ministério de Finanças da China anunciou que vai implementar uma política fiscal "mais vigorosa" para estimular o crescimento econômico do país, que sofre pressões de baixa e há tempos dá sinais de desaceleração.

Em comunicado, o ministério informou que vai destinar mais recursos para apoiar alguns projetos de infraestrutura e promover cortes de impostos para pequenas empresas.

O órgão também disse que vai acelerar o processo de aprovação de lojas livres de tributos, numa tentativa de impulsionar o setor de construção.

Além disso, o ministério irá emitir cotas de dívida para governos locais, após o endividamento dessas administrações ter sido limitado este ano a até 16 trilhões de yuans (US$ 2,5 bilhões).

Para ajudar a aliviar as dívidas de governos locais, Pequim aprovou um programa de swap, no valor de 3,2 trilhões de yuans, que permite a venda de novos bônus para substituir papéis antigos e mais dispendiosos.

Também no comunicado, o ministério informou que, no último dia 27 de agosto, os governos locais haviam levantado 1,82 trilhão de yuans por meio de emissões de dívida.

Isso equivale a 48% da cota total permitida pelo governo central, sugerindo que há mais espaço para os governos levantarem fundos.

No segundo trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) da China teve expansão anual de 7,0%, a menor em seis anos.

Além disso, indicadores de julho e agosto indicaram mais fraqueza na segunda maior economia do mundo, apesar de uma série de cortes de taxas de juros do banco central chinês e de outras políticas de incentivos.

Analistas têm defendido que Pequim adote uma política fiscal mais pró-ativa no restante do ano para dar um estímulo adicional à economia. 

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