Agência de notícias
Publicado em 11 de agosto de 2025 às 14h07.
Última atualização em 11 de agosto de 2025 às 14h49.
A China espera que os Estados Unidos “se esforcem” para alcançar resultados comerciais “positivos”, afirmou nesta segunda-feira a chancelaria do gigante asiático, um dia antes de expirar a trégua comercial entre os dois países, firmada em maio. Do outro lado, Donald Trump declarou em coletiva de imprensa que a negociação sobre tarifas com a China está “indo bastante bem”.
“Esperamos que os Estados Unidos colaborem com a China para respeitar o importante consenso obtido durante a conversa telefônica entre os dois chefes de Estado e que se esforcem para alcançar resultados positivos com base na igualdade, no respeito e no benefício mútuo”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, em comunicado.
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se mostrou otimista em relação ao acordo, afirmando que ele está "indo bastante bem" e destacou que mantém uma boa relação com o líder chinês, Xi Jinping.
— Veremos o que acontece. A relação entre o presidente Xi e eu é muito boa — disse o presidente.
As duas maiores economias do mundo tentam chegar a um acordo para reduzir as tensões comerciais, intensificadas depois que Trump impôs tarifas rigorosas a dezenas de países.
China e Estados Unidos haviam firmado, em maio, uma trégua de 90 dias e, no mês passado, durante negociações em Estocolmo, decidiram manter as conversas para tentar prorrogá-la além do prazo final de 12 de agosto. Pelo acordo, as novas tarifas americanas sobre produtos chineses foram temporariamente fixadas em 30%, enquanto as tarifas aplicadas por Pequim sobre produtos dos EUA ficaram em 10%.
Após as conversas na capital sueca, o representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, afirmou que teria a “última palavra” sobre qualquer prorrogação da trégua tarifária.
Na última quinta-feira, tarifas mais altas entraram em vigor para dezenas de parceiros comerciais de Washington, incluindo uma taxa de 35% para o Canadá, em uma tentativa do governo Trump de redesenhar o comércio global em benefício da economia americana.