Economia

China pode manter reformas de longo prazo, diz premiê

Pequim irá tolerar uma expansão econômica um pouco mais lenta, uma vez que avança com as reformas de longo prazo que enfatizam o consumo e reduzem a dependência estatal


	Li Keqiang: "Crescimento estável pode criar o espaço e as condições para uma reforma estrutural. E uma reforma estrutural pode dar impulso para o desenvolvimento econômico [futuro]", disse o premiê
 (REUTERS/Mark Ralston)

Li Keqiang: "Crescimento estável pode criar o espaço e as condições para uma reforma estrutural. E uma reforma estrutural pode dar impulso para o desenvolvimento econômico [futuro]", disse o premiê (REUTERS/Mark Ralston)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2013 às 06h58.

Pequim - A China vai continuar a reestruturar a economia se o crescimento, o emprego e os preços ficarem estáveis, disse o primeiro-ministro do país, Li Keqiang.

"Enquanto a taxa de crescimento econômico, emprego e outros indicadores não caírem abaixo do nosso limite inferior e a inflação não ultrapassar o nosso limite superior, [vamos nos] concentrar na reestruturação e no avanço das reformas", disse Li em um comunicado publicado no site do governo central na quarta-feira.

"Um crescimento estável pode criar o espaço e as condições para uma reforma estrutural. E uma reforma estrutural pode dar impulso para o desenvolvimento econômico [futuro]", disse o premiê em uma reunião com líderes dos governos locais. Ele não deu qualquer meta específica para esses indicadores.

Isso indica que Pequim irá tolerar uma expansão econômica um pouco mais lenta, uma vez que avança com as reformas de longo prazo que enfatizam o consumo e reduzem a dependência do investimento estatal.

O crescimento do Produto Interno Bruto deve ter desacelerado para 7,5% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano anterior, de uma expansão anual de 7,7% nos primeiros três meses do ano, segundo a mediana das previsões de 18 economistas consultados pela Dow Jones. Este seria o ritmo mais lento desde o terceiro trimestre do ano passado.

A inflação ao consumidor subiu em junho. No entanto, a alta não foi suficiente para alarmar os formuladores de políticas, que buscam avançar com as reformas econômicas de longo prazo, segundo economistas.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 2,7% em junho em relação ao mesmo mês do ano anterior - e ficou acima da alta de 2,5% prevista por economistas e acima do avanço de 2,1% em maio, afirmou a agência de estatísticas do país. Fonte: Dow Jones Newswires.

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