Grãos chineses: 13º plano quinquenal de desenvolvimento da economia rural eleva a capacidade de produção de grãos para 550 milhões de toneladas em 2020 (Enrique Marcarian/Reuters)
Reuters
Publicado em 17 de novembro de 2016 às 12h27.
São Paulo - A China planeja aumentar sua capacidade de produção de grãos em 10 por cento até 2020, mesmo com o objetivo de interromper o uso excessivo de fertilizantes e pesticidas e promover um setor agrícola mais amigável ao meio ambiente.
Garantir a autossuficiência em importantes culturas agrícolas é uma prioridade na China, país mais populoso do mundo, mas o governo também está sob pressão para enfrentar o problema da poluição em áreas rurais.
O 13º plano quinquenal de desenvolvimento da economia rural publicado pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma nesta quinta-feira reiterou o objetivo estabelecido anteriormente de elevar a capacidade de produção de grãos para 550 milhões de toneladas em 2020, ante 500 milhões no ano passado.
O órgão de planejamento estatal reiterou a meta de crescimento zero no uso de fertilizantes e pesticidas até 2020 e de realizar a reciclagem de embalagens.
A China consome cerca de um terço da produção global de fertilizantes, com crescimento rápido no uso em anos recentes puxado pela aplicação na fruticultura e horticultura.
O uso excessivo de fertilizantes químicos e pesticidas tem levado à poluição de recursos hídricos, contaminação do solo com metais pesados e altos índices de resíduos nos alimentos.
Os problemas ambientais são "cada vez mais proeminentes, com recursos de água e solo em oferta reduzida e com fertilidade do solo em algumas áreas claramente em declínio", segundo o documento, que destaca os desafios da economia rural da China.
O órgão de planejamento também disse que a China deverá manter sua área agricultável estável em 124 milhões de hectares.