Economia

China não tem intenção ou capacidade de comprar a Europa

Wen Jiabao destacou que a vontade de seu país de ajudar a Europa em crise não significa comprar o continente

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e a chanceler alemã, Angela Merkel: a China possui mais de 550.000 bilhões de dólares de dívida soberana europeia (Adrian Bradshaw/AFP)

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e a chanceler alemã, Angela Merkel: a China possui mais de 550.000 bilhões de dólares de dívida soberana europeia (Adrian Bradshaw/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2012 às 08h09.

Pequim - A China não tem a intenção nem a capacidade de comprar a Europa, declarou nesta sexta-feira o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao durante um fórum econômico em Cantão (sul), que também contou com a presença da chanceler alemã Angela Merkel.

Ao destacar a vontade de seu país de ajudar a Europa a superar a crise da dívida, Wen afirmou: "Alguns pensam que isto significa que a China quer comprar a Europa. Mas a China não tem esta intenção e carece da capacidade para fazê-lo".

Wen Jiabao destacou na quinta-feira em Pequim a "urgência" para a Europa de resolver a crise da dívida e informou que a China desejava uma "maior participação" nos dois mecanismos de resgate implantados pela UE, o Fundo Europeu de Solidariedade Financeira (FEEF) e seu sucessor, a partir de julho, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE).

Merkel tentou tranquilizar os investidores a respeito da viabilidade do euro e da capacidade da Europa de superar a crise, ao afirmar que as reformas seguem em um bom caminho.

A China possui mais de 550.000 bilhões de dólares de dívida soberana europeia.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaCrises em empresasDiplomaciaEuropaUnião Europeia

Mais de Economia

China surpreende mercado e mantém juros inalterados

ONS recomenda adoção do horário de verão para 'desestressar' sistema

Yellen considera decisão do Fed de reduzir juros 'sinal muito positivo'

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi