Economia

China injeta US$81 bi em bancos para sustentar economia

BC pode estar preocupado que um esperado aperto de liquidez antes do final do trimestre possa provocar uma forte alta nas taxas de curto prazo


	China: BC está injetando dinheiro em cinco bancos do país através de instrumentos de empréstimos
 (Yongxinge/Wikimedia Commons)

China: BC está injetando dinheiro em cinco bancos do país através de instrumentos de empréstimos (Yongxinge/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 08h26.

Xangai - O banco central da China está injetando um total de 500 bilhões de iuanes (81,35 bilhões de dólares) de liquidez nos principais bancos do país, de acordo com a mídia, um sinal de que as autoridades estão intensificando os esforços para sustentar a economia.

O Wall Street Journal, citando um executivo de um banco chinês não identificado, afirmou que o BC chinês está injetando 100 bilhões de iuanes em cada um dos cinco maiores bancos da China através de instrumentos-padrão de empréstimos na forma de empréstimos de três meses.

Quando procurado pela Reuters, um porta-voz do BC afirmou: "Faremos um anúncio se tivermos qualquer notícia."

O banco central pode estar preocupado que um esperado aperto de liquidez antes do final do trimestre, bem como uma série de ofertas públicas iniciais de ações, possam provocar uma forte alta nas taxas de curto prazo, como aconteceu em junho do ano passado, quando elas saltaram para cerca de 30 por cento e afetaram os mercados globais, disseram operadores.

Analistas dizem que o volume equivale a um corte de 0,50 ponto percentual na taxa de compulsório do banco. Entretanto, um corte de compulsório teria um impacto maior e mais duradouro na economia.

Ainda assim, uma injeção de liquidez dessa escala tem o efeito de melhorar as condições de crédito e ajuda a estabilizar a economia depois de um início fraco do ano.

Alguns analistas acreditam que a ação mostraria a determinação do BC em usar medidas direcionadas, em vez de um estímulo de larga escala ou cortes de juros, para sustentar o crescimento.

A Bloomberg, que citou uma autoridade do governo não identificada, afirmou que a medida foi tomada devido a uma forte preocupação com a desaceleração econômica.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBanco CentralBancosChinaFinançasMercado financeiro

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE