Economia

China elogia cooperação com América Latina após comentário dos EUA

A China agradeceu os acordos comercias com países latinos, após comentário dos EUA sobre a compra de matérias primas e produtos manufaturados

China: atualmente a China é o segundo maior parceiro comercial da América Latina (China Daily/Getty Images)

China: atualmente a China é o segundo maior parceiro comercial da América Latina (China Daily/Getty Images)

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EFE

Publicado em 16 de abril de 2018 às 15h47.

Pequim - A China destacou nesta segunda-feira que sua cooperação com a América Latina procura igualdade e o benefício mútuo e que não envolve nenhum outro país, em resposta ao secretário americano de Comércio, Wilbur Ross, que disse na sexta-feira que para essa região é mais benéfico fazer negócios com os EUA.

"Se a China é um bom parceiro cooperativo da América Latina, ninguém sabe melhor do que o povo latino-americano", afirmou nesta segunda-feira a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Hua Chuying, em coletiva de imprensa em Pequim.

A porta-voz fazia referência assim às declarações de Ross feitas durante a Cúpula das Américas em Lima.

"A China compra basicamente matérias-primas e produtos agrícolas da América Latina, enquanto nós compramos produtos manufaturados. Há mais valor acrescentado nos produtos que a América Latina nos vende do que nos que vendem à China. Assim acreditamos que (fazer negócios com EUA) beneficia mais a economia dos países latino-americanos", explicou Ross durante a cúpula.

"Não temos nenhum problema que explorem as possibilidades com esse país. Nunca pedimos a nenhuma nação que não comercialize com outra, exceto nos casos sobre os que impusemos sanções, como a Rússia", sustentou.

A porta-voz lembrou hoje que a China é atualmente o segundo parceiro comercial da América Latina e que as companhias chinesas criaram mais de 1,8 milhão de empregos nesse continente.

Além disso, a China está "preparada para trabalhar trabalhar com os países latino-americanos para expandir o benefício mútuo e a cooperação" e pediu que os EUA respeite, a vontade desses países, vejam as relações entre a China e a América Latina de forma objetiva e que façam mais para beneficiar o desenvolvimento da região.

 

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