Economia

China é um dos países mais desiguais no mundo, diz estudo

O coeficiente Gini, um sistema para medir a desigualdade, foi de 0,61 na China, número pouco frequente, segundo centro de estudos

Catadores de lixo: o aumento da desigualdade social é uma das principais preocupações do regime comunista, que lida frequentemente com protestos (AFP)

Catadores de lixo: o aumento da desigualdade social é uma das principais preocupações do regime comunista, que lida frequentemente com protestos (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2012 às 12h22.

Xangai - A diferença entre ricos e pobres na China é tão grande que a segunda maior potência econômica mundial já se tornou um dos países com mais desigualdade no mundo, indicou nesta segunda-feira um estudo publicado pelo Centro de Estudos e Investigação sobre a renda domiciliar.

O coeficiente Gini, um sistema para medir a desigualdade, foi de 0,61 em 2010 na China, disse o instituto.

O valor zero desse coeficiente representa uma sociedade ideal onde todo mundo tem os mesmos bens, enquanto que o valor um significa que os bens estão em mãos de uma só pessoa.

"Atualmente a disparidade de renda nos domicílios chineses é enorme", de acordo com estudo deste centro, criado entre outros pelo Instituto de Investigação Financeira, que responde ao Banco Central.

"Os coeficientes Gini que alcançam 0,61 são pouco frequentes no mundo", explicaram os autores do estudo.

O aumento da desigualdade social é uma das principais preocupações do regime comunista, que lida frequentemente com protestos sociais provocados pela corrupção dos dirigentes locais.

O índice Gini, criado pelo estatístico italiana Corrado Gini, é considerado como um dado importante pelo governo chinês, que não informava seu valor há mais de dez anos. O último dado conhecido foi o de 2000 (0,412).

De acordo com o jornal Global Times, que publicou os resultados do estudo, as diferenças entre ricos e pobres na China chegou a um nível "alarmante".

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaCrises em empresas

Mais de Economia

Lula se reúne hoje com Haddad para receber redação final do pacote de corte de gastos

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?