Economia

China e Reino Unido contemplam acordo de livre-comércio após Brexit

Desde a votação do referendo em 2016, Londres multiplica os contatos diplomáticos para preparar acordos comerciais que substituam os europeus

O ministro britânico disse que ele e Wang Yi conversaram sobre um possível acordo de livre comércio entre Grã-Bretanha e China (Ng Han Guan/Reuters)

O ministro britânico disse que ele e Wang Yi conversaram sobre um possível acordo de livre comércio entre Grã-Bretanha e China (Ng Han Guan/Reuters)

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AFP

Publicado em 30 de julho de 2018 às 15h50.

China e Reino Unido cogitam iniciar negociações para um acordo de livre-comércio entre os dois países após o Brexit, afirmou nesta segunda-feira, em Pequim, o novo chefe da diplomacia britânica.

Jeremy Hunt escolheu a China para sua primeira visita fora da Europa após sua nomeação no início de julho por Theresa May em substituição a Boris Johnson, que renunciou por divergências com a primeira-ministra sobre a estratégia a seguir na saída do Reino Unido da União Europeia.

Em uma entrevista coletiva conjunta com o colega chinês Wang Yi, Hunt explicou que Pequim sugeriu um acordo de livre comércio com o Reino Unido após o Brexit, previsto para o fim de março de 2019.

"Falamos sobre a oferta do ministro das Relações Exteriores Wang Yi de abrir uma conversação sobre um possível acordo de livre comércio entre Grã-Bretanha e China", afirmou Hunt.

"Afirmamos que exploraríamos esta possibilidade", completou.

Durante uma visita a Pequim no início do ano, May citou uma aceleração das conversas para acabar com as barreiras comerciais entre os dois países.

Desde que os britânicos votaram no referendo, em junho de 2016, a favor da saída da UE, Londres multiplica os contatos diplomáticos para preparar acordos comerciais que substituam os europeus.

Londres e Bruxelas devem alcançar um acordo até meados de outubro para organizar sua separação e estabelecer as bases de sua futura relação, mas as negociações registram poucos avanços.

Na quinta-feira, o negociador chefe da UE, Michel Barnier, rejeitou um plano de Theresa May destinado a conservar estreitos laços comerciais entre o Reino Unido e p continente após o Brexit.

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